top of page

De volta a New Old Delhi

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 7 de nov. de 2014
  • 11 min de leitura

O Nepal tem uma grande paranoia com trafico e terrorismo, mas que a Índia, então você é revistada muitas vezes ao chegar e ao partir. Fomos revistadas no aeroporto, quando passamos para a sala de embarque, ao sair da sala de embarque e depois numa cabine em frente as escadas que levam ao avião. Não lá não tem finger. Quando eu vi a policial e a cabine eu arregalei os olhos e reclamei e ela sorriu e disse que era a ultima vez. Desejou boa viagem e embarcamos. Achei curioso pessoas embarcando com litros de agua e depois descobri que nessa Cia aera IndiGo você paga por tudo e o que servem é bem ruim, ainda bem que a viagem é curta de 1 hora e 40 minutos.




O voo de Katmandu para Délhi é muito lindo, na verdade é maravilhoso, porque vai ladeando toda a Cordilheira dos Himalaias e nós tivemos o cuidado de reservar os assentos do lado certo e durante toda a viagem você vê os Himalaias. Até vi o Yeti e o voo foi bem foi calmo

Quando chegamos a Délhi ficamos felizes, pois apesar de toda loucura da cidade apreendemos a gostar dela. Tiramos uma foto do carpete do aeroporto para enviar ao Greg ao Bart, pois em Katmandu houve uma enquete sobre a cor, e nenhum de nos lembrava de ao certo, cada um defendia uma cor e no fim o certo era o Bart.

Pegamos um taxi pre pago e fomos direto para o Yes Please, que estava pior. Ele sofreu a ação do tempo, mas os funcionários continuavam os mesmos. Todos mal humorados e sem graça.

Descobrimos que abriram mais três hotéis na região, dois na mesma rua, e decidimos que numa próxima viagem a Índia iriamos escolher esses mais novos,

O Fiesta Café, também sofreu a ação do tempo, estava caído e o Malhotra também. A comida estava um pouco pior, mas pretendíamos ir logo para Dharamshala, então ficamos por ali mesmo.

Na verdade, os indianos não cuidam bem de nada, eles abrem um bom café, restaurante ou hotel e não cuidam para preservar e ai cai. Quando está péssimo, reformam tudo e volta o mesmo circulo vicioso de novo e decadente.

Depois de comer no Café Fiesta fomos dar um rolê pela Main Bazaar para comprar a passagem para Dharamshala. Pretendíamos ficar um dia apenas em Délhi e partir logo para a terra do Dalai Lama.

No centro da Main Bazaar, bem em frente da loja do senhor que tatua com hena e vende block print, havia um grupo de jovens bem vestidos, tipo classe media, fazendo tatuagens de hena. Uma turista estava fazendo a sua e a Roberta perguntou o preço. O rapaz disse que cobrava por pedaços e não entendemos, falou, falou e não foi claro, ai pareceu que fechou em trezentas rupias que é o preço em qualquer lugar e a Roberta se sentou. Eu sentei num outro banquinho ali mesmo no meio da rua e um amigo dele veio falar comigo. Estava aprendendo a falar português com uma amiga pela internet.

O que mais tem nas redes sociais são indianos querendo conhecer meninas de outros países e eu fingi que não sabia e fiquei conversando com ele e corrigindo o sotaque.

Até que de repente chegou o carrinho de comida cujos donos eras três rapazes sikis e começaram a arrumar comida, pratos e etc. O tatuador nos contou que esses rapazes distribuíram comida aos pobres toda semana nesse mesmo dia e então um pessoal começou a se juntar e a aceitar os pratinhos confeccionados com folhas que os jovens ofereciam. O aroma era maravilhoso e deu para ver que tinha um dal, arroz e talvez um curry. Cheirava tão bem que abriu nosso apetite e comentamos com rapazes da tatuagem que disseram que se nos duas quiséssemos comer eles dariam a comida. Nós percebemos que tinha muita gente com fome simples pobre ali querendo comer e nós temos dinheiro para pagar uma refeição em qualquer restaurante então não aceitamos.


Então apareceu um homem de idade avançada com certeza cima do 70 anos que se vestia com lung e uma camiseta regatas. Tinha uma bolsa a tiracolo e ficava olhando pro sol dizendo que estava recebendo vibrações de Deus e que a energia que ele tinha era o alimento dele e, portanto não precisava daquela comida.

Nós ficamos impressionadas porque e olhava diretamente para o sol e lacrimejava muito, era notório que aquilo poderia não fazer bem para os olhos daquele senhor que ainda cantava Mantras olhando para o sol agradecendo a Deus. Ele ficou lá por muito tempo e não comeu a comida que sikis estavam doando.

Depois da tatuagem que demorou um tempão o tatuador disse que o preço era 1600 rúpias. Ficamos perplexas porque segundo o aparente calculo que ele fez iria sair por 600 rupias, logo começou uma discussão e nós notamos que era malandragem pura, pois os rapazes estavam bem na frente da loja daquele senhor que fazia tatuagens desde sempre; chegamos a conclusão que eles estavam chutando um preço, pois quando a Roberta disse que não iria pagar ele fez aquele gesto típico indiano de que “você é quem sabe” e percebemos que estavam ali pra tirar a freguesia do senhorzinho e dar golpe em turistas.

Conosco não deu resultado porque não sabíamos o preço médio de uma tatuagem de braço inteiro então ele aceitou o que pagamos 600 rupias e ele riu sem argumentar, pois sabia que de nós não ganhariam mais nada e sabia que a culpa dele fora não falar claramente o preço quando perguntamos varias vezes.

Nós fomos almoçar no Malhotra e depois nós somos uma agência que vendia de passagens de ônibus ali mesmo na Main Bazaar. Eles ofereciam a viagem direto e o preço era razoável. O dono da loja disse que bastava virmos na data e hora até a agencia e sairíamos dali mesmo direto para Dharamshala, mas não acreditamos porque não é possível a entrada de um ônibus de turismo na Main Bazaar e pensamos que poderia haver um taxi que dali nos levaria até a estação de ônibus.

Mas havia um problema, só tinha ônibus que chegaria muito cedo a Dharamshala e precisávamos avisar o hotel que tínhamos reservado o Hotel Tibet Dasa. Iriamos chegar as 5:00 da manhã e então a Roberta pensou em ligar para o Hotel para avisar. Eu não lembro bem o que aconteceu, mas ela acabou discutindo com o Tenzin que era O Rapaz do hotel Tibet Dasa; na verdade ela gritou com ele e falou alto porque a salinha dessa agencia na Main Bazaar era muito pequena, talvez 3 metros quadrados e havia uma mesa onde ficava o dono da agencia, o amigo dele (sempre tem um desocupado batendo papo em lojas, agencias e hotéis), o funcionário e nos duas num calor de quase 40 graus com ar condicionado capenga e as buzinas na rua e a Roberta não ouvia bem e disse uma frase que ofendeu o Tibetanos “Você pode falar direito porque eu não estou entendendo o que você diz?”.Ele interpretou isso mal, mas só ficamos sabendo quando chegamos a MCllo.

No fim compramos a passagem e deu tudo pareceu certo, pois o senhor da agencia repetiu várias vezes que nós precisávamos ir até a agência na hora estipulada e que de lá partiríamos direto para Dharamshala. Fomos comprar o que faltava para a viagem e voltamos ao hotel para arrumar as malas.

Era o dia 7 de novembro e vivemos uma grande aventura porque, como desconfiávamos, ao chegarmos a agência de viagens o tratamento já mudou, pois já tinham nosso dinheiro. Com as mochilas em mãos o assistente do dono da agencia disse que ia nos acompanhar até o ônibus. Imediatamente dissemos que não iriamos a lugar algum, pois ele dissera que iriam ali nos pegar. Eles queriam que fossemos cheias de bagagens por toda a Main Bazaar até não sei onde.

Nós sabíamos que os indianos mentem muito para obter vantagens de turistas, mas o dono da agencia tinha extrapolado, pois nos perguntamos varias vezes sobre como chegaríamos até o ônibus, ele afirmava que era dali e mesmo sabendo que ônibus não entravam ali pensamos que seria um carro.

Nós não estávamos nem um pouco disposta a andar tudo aquilo e começamos a reclamar e ele bem mal educado disse "você acha que um ônibus de viagem pode entrar nesta rua? Isso é proibido óbvio que esta rua não Comporta ônibus Então vocês têm que ir até o ônibus A PÉ”.

O sangue subiu em nossas cabeças e a Roberta começou a reclamar e eu fiquei repetindo senhor mentiroso “liar, liar liar” e ele desviava o olhar, nos ignorava.

Então insinuou que se ficássemos reclamando iriamos perder o ônibus e então a Roberta disse a frase mágica “eu quero meu dinheiro de volta, pois eu vou comprar outra passagem e outro lugar”. E ele arregalou os olhos e ela continuou “Nem que eu tenha ficar mais um dia nessa cidade eu não vou a pé a lugar nenhum porque o senhor garantiu repetiu várias vezes e eu perguntei várias vezes que sairíamos daqui em algo móvel!”. “Então o senhor é mentiroso. Eu quero meu dinheiro de volta. Se não me der agora eu vou chamar a policia!”.


Quando ela falou que ia chamar a polícia ele rapidamente pediu para o escravinho dele que era muito simpático. Mas igualmente malandro, para chamar o tuk-tuk para nos levar até o ônibus. O rapaz se chamou o primeiro riquixá que apareceu e eles queriam que pagássemos. Recusamos-nos, a confusão recomeçou e então ele disse que pagaria e nós exigimos que ele pagasse adiantado para o Velhinho que estava pedalando aquela bicicleta. Só então colocamos as malas no riquixa e seguimos até o meio da avenida Chelmsford Road e paramos numa esquina em frente ao Sri Lanka Buddhist Pilgrims' Rest. Ficamos na rua, no muro desse centro do Sri Lanka e não havia nada, nem ônibus, nem banco, nem estação, e sim alguns passageiros e com malas. Esse local era bem perto da estação de trem e tinha uma ilha onde algumas pessoas também esperavam o ônibus. Saímos de onde nos deixaram e descemos um pouco, pois fomos vendo pessoas chegarem e conversando com alguns, percebemos que todos iam pegar ônibus, mas não apenas para Dharamshla. Ali, no meio da rua, era o local de parada oficial de ônibus em Délhi.

Um rapaz que trabalhava numa agência de turismo tinha apagado essa passagem bem mais caro que nós duas e então o tempo foi passando e o ônibus não chegava, o pessoal do Sri Lanka saia e entrava, eles mesmo pegaram um ônibus e se foram.

E foi começando a mudar o tempo e o a Roberta perguntava par ao moleque da agencia que havia nos levado lá o que estava acontecendo, e ele ia conversar com outro e dizia que logo o ônibus chegaria, mas nunc chegava.

As pessoas iam ficando mais indispostas ou nervosas e nada de ônibus e todos em pé, sem nada pra comer ou beber; nos ainda tínhamos o que comer e beber, pois sempre nos precavíamos.

E de repente chegou um ônibus e todos nos animamos, mas o garoto veio dizer que era outro, que era para Manali, e ai ficamos nervosas e começamos a reclamar mais. Falamos em voltar para o hotel em pegar o dinheiro de volta, mas ele disse que o outro homem estava em contato com o motorista do nosso ônibus que estava no transito! Isso não é de se espantar numa cidade caótica como Délhi, mas ele deveria ter saído antes, e não sei como descobrimos que o homem tinha dormido demais.

O rapaz da agencia que tinha nos levado lá ficava p tempo todo atrás do outro homem que devia se o responsável pela “rodoviária” em que estávamos e então o ônibus chegou e parou na ilhota e fomos para lá. Colocamos tudo no bagageiro e espantamos por não cobrarem, e uma menina inglesa e era a outra única turista nesse ônibus além de nos.

Entramos e logo achei estranho porque no meu assento haviam outras pessoas eu reclamei, mas nosso mascote disse que eles iam descer logo e eu podia me sentar, fui para outro assento e me preparei para a longa jornada, tirando a manta da mochila e me ajeitando a Roberta fez o mesmo e tirou nossa comida para ficar mais fácil quando quiséssemos comer. Mas o ônibus não andou nem 10 minutos e parou numa outra grande avenida super poluída, super movimentada, com trafego intenso e fez todos que iam para Dharamshala ou Haridwar descerem.

Protestamos e onde estava nosso mascote para nos ajudar? Tinha ficado para trás e nem percebemos, ai fomos obrigadas a descer, jogaram nossas malas e mochilas na calcada empoeirada e disseram que o nosso ônibus viria em breve. Agora havia outro chefe de estação para cuidar daquela situação caótica e já era noite. Estávamos jogadas no meio de uma avenida com trafego intenso, mal iluminada e nossa sorte é que haviam alguns indianos que também estavam passando pelo mesmo, também tinham sido jogados para fora do ônibus de mala e cuia.


Esse novo líder do ônibus era muito mal educado e confuso e dizia a toda hora que o ônibus chegaria em breve. Começou a ficar perigoso porque pessoas estranhas começaram a se juntar ao nosso grupo saído do ônibus; alguns indianos que estavam conosco estavam com medo de ficar naquele lugar e aí começou a ficar sinistro. A Roberta tomou a iniciativa de ir apertar aquele homem falastrão, o responsável, que era um grosseirão e não queria falar conosco. Dizia “logo mais, logo mais” e virava as costas.

Chegamos perto dele para conversar e ele nos desprezava, fingia que não nos via e ficava conversando com seus comparsas e por fim ele disse que estava esperando outro ônibus nos para porque o ônibus para Dharamshala tinha tido um problema e tinha conseguido um que ia para Manali e de lá iriamos para Dharamshala e que estava fazendo o melhor para nos levar ao destino.

Quando todos ouviram a palavra Manali, reclamaram, mas bem pouco. Ele dizia que dentro de 10 minutos o ônibus chegaria e nos recusamos a ir para Manali e pedimos dinheiro de volta. Enfim se passou mais de 2 horas e então começou a ficar irritado com nossas perguntas e virava as costas cada vez que chegávamos perto para perguntar algo. A situação estava insuportável e pesada aí nós dissemos que iriamos chamar a polícia e então a Roberta começou a falar para ele que não dava mais que não íamos para Manali, que queríamos o dinheiro de volta e o homem começou a andar a deixando falar sozinha e começou a falar no celular, mas ela foi atrás dele e pediu para ele a ouvir e desligar o celular. Queríamos um ponto final na situação. Ele desdenhou e colocou o celular no ouvido e então, numa ato impensado e raivoso, ela tirou o celular da mão dele e colocou no bolso da calça dela: “Quando o nosso ônibus para Dharamshala chegar aqui eu lhe devolvo o celular”, e o fulano fez menção de reagir quando eu fui pra frente dele e disse que iria chamas a policia. A inglesa Genevieve estava com os olhos arregalados assim como os outros passageiros indianos. Eles eram de classe media e não reagiram, aceitavam tudo o que o homem dizia embora discordassem e reclamassem para nós. Aquele homem ficou furioso, mas de mãos atadas e eu comecei a chama-lo de mentiroso e disse que era melhor o ônibus chegar logo senão chamaríamos a policia e milagrosamente em cerca de 20 minutos o ônibus para Dharamshala chegou e só depois que estávamos bem acomodadas nos assentos marcados a Roberta devolveu o celular para ele e se desculpou, ele aceitou as desculpas e partimos da caótica New Délhi.

O que mais me impactou experiência foi não termos de reclamar, mas o fato de que todos os indianos que pegaram aquele ônibus e passaram os mesmo apuros e falta de respeito que nós, não reclamar, não fizeram nada, pouco disseram e aceitaram. Ficaram passivos diante daquele homem que era somente um funcionário de uma agência de turismo qualquer e que parecia ter o poder de um Deus de modo que escutavam e obedeciam. Ficamos pasmas e chocadas com a reação ou a falta dela.

Já era tarde da noite quando saímos da cidade e foi uma viagem maravilhosa através de caminhos deslumbrantes com uma relva diferente. Árvores que eu nunca tinha visto e não deu para fotografar porque era a noite, mas como a Lua estava bem cheia a paisagem era fantástica. A viagem de ônibus não foi apenas por grandes estradas, mas sim por estradinhas vicinais, pelo interior, atravessando vilas e ruelas estreitas beirando as casas de pedra, o que me lembrou de muito o Peru e o Nepal.

Teve duas paradas durante a viagem e começamos a conhecer a Genevieve que nos disse viver na Inglaterra, mas viajava com passaporte irlandês, pois sua mãe era irlandesa e tinha o nome francês porque sua avo era francesa. Havia se formado recentemente e ia dar aulas para crianças e antes de começar a trabalhar tinha resolvido ficar um ano viajando pelo mundo.

Quando chegamos a Dharamshala ainda estava escuro e descemos na estação central ao lado do hospital onde precisávamos pegar outro ônibus para Mcllo.

Após a sempre vertiginosa subida até Mcleod Ganj, já estava começando a clarear e como a Genevieve não tinha nenhuma reserva de Hotel e estava super cansada, pois por ser muito alta tinha ficado super mal acomodada no ônibus, dissemos pra vir conosco, íamos pedir para colocar um colchão no nosso quarto e ela imediatamente aceitou. O Hotel era bem perto da estação, a 3 minutos a pé na Dharamkot Road.




 
 
 

Comments


You Might Also Like:
bottom of page