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Ellora Caves - Cavernas Jainistas

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 19 de out. de 2014
  • 7 min de leitura

Atualizado: 9 de abr. de 2021


Os monumentos Jainistas são as cavernas de 30 a 34.

As cavernas Jainistas ficam na extremidade norte do complexo de Ellora e foram escavadas entre os séculos IX e X. São menores e parecem ter sido construídas na mesma época que algumas cavernas hindus porque compartilham de algumas ideias arquitetônicas, como as mandapas (pátio externo com pilares), varandas e os grandes salões.

Estas cavernas são muito ricas em detalhes e procuram representar os vinte e quatro Jinas (deidades espirituais que ganharam a libertação do ciclo interminável de renascimentos), assim como fazem questão de representar todo panteão de seus deuses e deusas. Elas fogem um pouco da simetria dos hindus e budistas e cada uma delas leva um nome. A 30 é conhecida como Chhota Kailash a 32 é denominada de Indra Sabha, a 33 é chamada de Jagannath Sabha e a 31 não tem um nome especifico porque é apenas uma sala inacabada com quatro pilares e um santuário e a 34, que também não recebeu um nome próprio uma pequena caverna, não se sabe por que, pois é pequena, mas muito rica em detalhes.

Acho importante lembrar que as plantas, alguns desenhos e fotos antigas são de autoria dos primeiros desbravadores ingleses e indianos na região, e pertencem a British Library. São plantas baixas de algumas cavernas, cópias de esculturas, de paredes, de pilares e de afrescos. Um acervo maravilhoso, que me ajudou a relembrar das cavernas uma por uma. Os autores são: Robert Gill (c.1824-1875), um oficial do exército britânico que servia na Índia e que ainda era pintor e fotógrafo. Ele ficou mais conhecido por suas copias das dos afrescos das cavernas de Ajanta. Gill foi o primeiro pintor a fazer cópias das pinturas de cavernas budistas, e os desenhos que sobreviventes permanecem significativos para o estudo de Ajanta já que houve mais deterioração desde a descoberta, em 1819 até os dias de hoje.

Também peguei algumas fotos de James Burgess (1832-1916) que era topografo e arqueólogo do Governo de Madras e na British Library. Desenhos e fotos de Henry Cousens (1854-193?), que era do departamento arqueológico do exercito britânico e que trabalhava em pesquisa arqueológica na região de Pune, tendo trabalhado também em várias regiões da Índia. Há fotos Deen Dayal, fotografo indiano cuja carreira começou em 1870 como um fotógrafo comissionado. Ele fez muitas fotos de Ajanta e Ellora e também de D.H Sykes, que não consegui saber quem era e ainda existem muitas fotos e desenhos anônimos da época.

Caverna 30

Esta caverna está a uma distância considerável de todas as outras cavernas e é acessada por uma escadaria. Nomeada de Chhota Kailash, ou Pequena Kailash, por causa de sua semelhança com a caverna 16, ela é igualmente intrigante, pois está em um “buraco” escavado com 40 metros de comprimento e 25 metros de largura, com mais duas escavações laterais. Esculpida diretamente na rocha, como a Hindu, tem uma entrada estreita com pilares bem robustos de ambos os lados. Há uma pequena estrutura um pouco separada na frente da caverna. No lado direito há um canto todo esculpido que contém três representações de Mahavira em dhyanasana e dhyanamudra, em um trono sustentado por três leões; uma deusa está à esquerda, com vários atributos sentada sobre um Garuda (com um Jina acima dela). Também podemos distinguir um ídolo Chakreswari com 10 mãos, sendo que metade do corpo foi destruída e podemos encontrar atendentes femininas. Garuda é mostrado como o veículo. Acredita-se que esta escavação incompleta foi esculpida depois das que precede.

Em seguida, uma estreita abertura leva a um pórtico em frente ao templo. Esta entrada, anunciada por um batente elaborado e um medalhão de lótus no teto, contém cinco esculturas de Jinas. Em seguida há um corredor, como no templo 16, mas aqui ainda parece inacabado. A estrutura do templo é inspirada na arquitetura Dravidiana. Há dwarapalas dançando, em ambos os lados da porta. O templo tem um mukhamantapa (uma entrada para o templo através de um corredor aberto ou varanda (mukhamantapa) seguido por uma sala fechada) e um pequeno santuário com 16 pilares simples sustentando o teto como no Templo Kailash. Os pilares foram pintados e podemos ver os traços dessas pinturas ainda hoje.

O salão com as 16 colunas é divididos em 8 e 8, e no meio de cada grupo de colunas lá um corredor mais largo. Nas extremidades deste corredor há portas. Do lado direito, existe uma sala que tem uma cela à esquerda, e a um santuário em frente. Nesse santuário há um Jina sentado e muitas esculturas. Do lado esquerdo há apenas duas colunas que precederiam uma sala que nunca foi esculpida.

Voltando ao salão maior, podemos notar muitos paines esculpidos em todas as paredes. No fundo da sala, uma antecâmara que leva a um santuario com muitas esculturas destacando-se muitos Jinas.

Caverna 30ª

Esta é uma caverna também esculpida no solo com uma varanda incabada muito bela sustentada por colunas esculpidas com perfeição, muretas de onde emergem elefantes, e há alguns medalhões em formato de flor de lótus em paredes e no piso. Dividida em dois blocos, o segundo é sustentado por 4 pilares ricamente esculpidos, com botões de lótus no teto e um totem com 4 Jinas. Comprovadamente está inacabada.

Caverna 31

A caverna 31 é um templo inacabado. Tem se a impressão de que haveria um mandapa com 5 templos adjacentes. Os templos estão lá, com alguns painéis esculpidos.

A sala 1 está vazia. A sala 2 tem dois nichos, sendo um parecido com uma porta e no outro temos um Tirthankara inacabado. Na sala 3 poucas figuras, a 4 é mais elaborada com muitas esculturas e a 5 parece ainda estar em construção.



Caverna 32

A caverna 32, chamada de Indra Sabha, é muito bonita. Tem um anexo do lado de fora com painéis belíssimos. O painel de Bahubali mostra o sábio (também chamado Gomatesvara) que está nu como sempre e uma videira cresce gradualmente acima e em torno de seu corpo. Depois temos Ambika, o monge Jainista Varadatta. Temos ainda Mahavira, sentado num trono com vyalas de criação e makaras que parecen agressivos acima. Cauri e Sarvanubhuti também fazem parte do contexto. Esta caverna foi escavada no século IX. No século XIX, os historiadores da era colonial confundiram todos os Yaksas jainistas e acharam que eram imagens de Indra, dando a este templo o nome "Indra Sabha", uma denominação errada que desde então se tornou seu nome padrão. Esse templo é grande e tem muitas informações.

Ingressando pelo portão principal a primeira imagem é a de uma enorme escultura de elefante a direita, a esquerda há uma coluna e no centro um mandapa.

​Atrás do elefante uma caverna incompleta, com dois andares e muitas informações.

A mandapa a frente é quadrada, bela, com uma porta de cada lado, ali dentro, Chaumukha com 4 Tirthankaras.

Do lado esquerdo do pátio, quase atras da coluna, há uma varanda cujo acesso é feito por uma escada e as muretas são sustentadas por elefantes. Lá dentro 4 pilares sustentam uma câmara com muitas esculturas nas paredes e no fundo há um santuário com um mahavira no centro assistido por outras deidades. Ao lado deste há outro menor que fica simetricamente na frente de outro a direita e ambos precedem uma antecamara com mais dois pequenos santuários um a direita e outro a esquerda, que precedem o grande salão com 4 celas de cada lado, uma outra antecâmara ao fundo, com mais duas celas, que precedem um santuário onde há um grande Tirthankara.


​O segundo piso é mais elaborado. Logo na entrada, a direita e a esquerda tem varandas precedendo duas salas idênticas, uma de cada lado, as paredes são decoradas com estatuas e com belas pinturas bem coloridas. O salão central tem uma enorme flor de lótus no teto e outra no piso. Todas as colunas tem ornamentos e o teto também tem pinturas. No fundo do salão há um Jina sentado no santuário simetricamente construído com o salão quadrado suportado por 12 colunas e no fundo uma antecâmara e um santuário.


Caverna 33

Nomeada de Jagannath Sabha, esta caverna é menor do que a 32, apesar de ter dois andares também. Começa num pátio. Do lado direito tem um santuário com Tirthankara. Depois uma caverna ao lado com dois andares e uma fachada dupla. Primeiro temos uma porta cercada por duas janelas e ao lado uma varanda com duas colunas. E mais a direita uma escada leva a outro salão quadrado suportado por 4 colunas, precedido por uma varanda sustentada por duas colunas e tendo ao fundo um altar.

A sala das duas janelas é um altar com Tirthankara, Bahubali e Ambika. O salão ao lado tem a varanda sustentada por 4 pilares quadrados pesados com belas esculturas nas extremidades esquerda e direita.

No salão ricamente ornado, totalmente esculpido e pintado, com dois grande nichos com estações da historia Jainista, uma flor de lótus no teto e no fundo um santuário com Tirthankara em lótus.

O entrada para o andar de cima foi mal planejada, é uma escada no lado direito fora do salão e lá em cima doze pilares maciços que suportam o teto estão dispostos em torno de uma área central totalmente esculpida e decorada com pinturas que ainda podem ser admiradas. Há também um santuário.

Caverna 34

Esta caverna é pequena e pode ser alcançada através de uma abertura no lado esquerdo da Caverna 33. Esta é a que está mais ao norte de Ellora. Ela é muito bonita, como as outras e totalmente esculpida.

Passando pela varanda, há a porta com duas janelas, uma de cada lado, e entramos no salão sustentado por 4 colunas pesadas e muito decoradas. Nas paredes laterais, muitas esculturas dos deuses Jainistas e no fundo um santuário ou altar.






As fotos foram tiradas da internet, exceto as que tenham watermark"

Acho importante lembrar que as plantas, alguns desenhos e fotos antigas são de autoria dos primeiros desbravadores ingleses e indianos na região, e pertencem a British Library. São plantas baixas de algumas cavernas, cópias de esculturas, de paredes, de pilares e de afrescos. Um acervo maravilhoso, que me ajudou a relembrar das cavernas uma por uma. Os autores são: Robert Gill (c.1824-1875), um oficial do exército britânico que servia na Índia e que ainda era pintor e fotógrafo. Ele ficou mais conhecido por suas copias das dos afrescos das cavernas de Ajanta. Gill foi o primeiro pintor a fazer cópias das pinturas de cavernas budistas, e os desenhos que sobreviventes permanecem significativos para o estudo de Ajanta já que houve mais deterioração desde a descoberta, em 1819 até os dias de hoje.

Também peguei algumas fotos de James Burgess (1832-1916) que era topografo e arqueólogo do Governo de Madras e na British Library. Desenhos e fotos de Henry Cousens (1854-193?), que era do departamento arqueológico do exercito britânico e que trabalhava em pesquisa arqueológica na região de Pune, tendo trabalhado também em várias regiões da Índia. Há fotos Deen Dayal, fotografo indiano cuja carreira começou em 1870 como um fotógrafo comissionado. Ele fez muitas fotos de Ajanta e Ellora e também de D.H Sykes, que não consegui saber quem era e ainda existem muitas fotos e desenhos anônimos da época.


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