Jodhpur - Cidade Azul e o Juna Mahal
- Admin
- 10 de mar. de 2012
- 15 min de leitura
Atualizado: 14 de abr. de 2021

A viagem de Udaipur para Jodhpur foi tranquila, na medida do possível, pois como eu disse anteriormente, viajar de carro na Índia é sempre uma aventura. O Yussef era um bom motorista, mas tivemos a impressão de que o carro dele não andava muito. Quase todo mundo nos ultrapassava e ficamos na dúvida se o carro era ou estava ruim ou se ele queria ser cauteloso porque levava turistas.
Quando chegamos nos arredores da cidade, ele nos avisou que precisava acender a luz do interior do automóvel porque a policia estava em toda parte e câmeras de segurança monitoravam todos os carros que entravam na cidade. Tinham uma atenção especial para veículos com chapas de outras cidades que precisavam ter autorização especial para transitar de uma cidade a outra. Tudo isso porque estávamos há apenas 500 km da fronteira com o Paquistão.
Foi um pouco sinistro, pois ele comentou sobre terrorismo e sabíamos que há muita corrupção na policia indiana . Ficamos apreensivas, mas ele disse que não tinha problema, porque ele tinha permissão para dirigir por todo Rajastão. e se a policia nos parasse seria para ver nossos documentos.
Para nossa surpresa, ele não nos levou até o hotel onde tínhamos reserva e contou que o limite para ele era aquela avenida. Chamou um auto riquixá e nos despedimos dele, agradecendo toda a boa conversa, as aulas de história indiana e ele disse que da próxima vez nos levaria para comer na sua casa e conhecer sua esposa e filhos. Entramos no riquixá e seguimos por algumas vielas escuras. Chegar a noite em qualquer cidade indiana dá uma impressão muito ruim; é sinistro. O local sempre parece perigoso pois é escuro e soturno. O motorista parou na entrada de uma rua e não entendemos. Ele disse que esse era o endereço: um beco escuro, uma ruela pequena e por mais que tentássemos explicar que não sabíamos onde estávamos ele nos mostrou que o Hotel era no fim da rua. Descemos sem pagar porque o Yussef já tinha pago e colocamos as mochilas nas costas rezando para o hotel ser mesmo ali perto. Chegano no fim da rua cuja unica opção era entrar a esquerda, mas eu reconheci a casa do site do hotel e na porta da bela casa antiga, um menina perguntou se estávamos procurando algo e eu disse que sim, que buscávamos o Hotel Juna Mahal, e ela sorriu: " It is here, Come in".

O Juna Mahal é a uma residência com 472 anos de história. Pertencia a uma família brâmane, cujo líder serviu como um sacerdote nos templos da família real. Foi convertida num pequeno e aconchegante por seus descendentes e tem apenas 5 suítes luxuosas, ricamente decoradas. O saguão e a saleta são ornamentados com arcos de pedra esculpida e a decoração faz você pensar que está em alguma pequena galeria de objetos antigos. No rooftop, o Hotel ainda oferece um restaurante natural bramin.
Cada quarto tinha o nome de um Deus Hindu: Lord Shiva, Lord Krishna, Lord Ganesha, Lord Rama e Lord Nataraj. Ficamos no Lord Shiva, que acho que era o melhor quarto da casa. (vide foto abaixo).

O anfitrião Mr Joshi, era muito simpático, assim como a menina, filha do casal. Na residência ainda vivia a esposa e um senhora que devia ser a mãe de um dos dois donos do local. Creio que havia uma filha mais velha, mas ela quase nunca aparecia. Para se deslocar para os quartos, passávamos pelo hall da casa, onde havia o escritório e a cozinha.
O único empregado era o Raji, um faz tudo que limpava a casa, os quartos, cozinhava e servia os hospedes, enfim, um verdadeiro escravo. Na Índia é muito comum as pessoas abusarem desses empregados que são mal pagos e explorados. Esse rapaz subia e descia as escadas o tempo todo para servir os hóspedes no rooftop, ainda tinha que preparar a comida e limpar os quartos. A poeira era visível sobre a tv, a mesa, as estátuas... enfim Indian style.

Fomos bem recebidas pela família e como estávamos muito cansadas e já era tarde da noite dissemos que queríamos comer algo, caso o restaurante ainda pudesse nos servir. Mr Joshi disse que sim, mas teria que ser algo simples.
Subimos, com o Ravi carregando nossas malas e chegamos ao simpático hall que eu havia visto em fotos. O mesmo que despertou meu interesse pelo hotel e fez com que eu o mostrasse a minha irmã. Chegamos até a porta do Lord Shiva Room e achamos tudo muito bonito. O banheiro era ótimo, a tv antiga e não funcionava bem, tinha um radio velho e fotos de pessoas certamente já falecidas. Ficamos a imaginar se eram da família ou apenas decoração.

Fomos para o rooftop comer e o Ravi nos serviu, eu realmente não lembro o que comemos, mas acredito que deve ter sido sanduiche e suco ou chá, e depois fomos tomar banho e caímos na cama. Dormimos profundamente e acordamos na manha seguinte com o som das buzinações da rua e de um musica sacra. Certamente deveria ter algum templo nas proximidades e nos certificamos disso quando fomos ao rooftop tomar o desjejum
Comemos o tradicional turístico cheese toast e chá.
Tivemos a primeira visão azulada do horizonte e avistamos o palácio Umaid Bawan ao longe e o Fort Mehrangarh do outro lado. Também deu para ver o topo da torre do templo de onde soava a bela música e de onde ouvíamos os mantras. Os indianos tem o hábito de colocar autofalantes na torres dos templos. Eles cantam lá dentro e toda a vizinhança disfruta.
Para visitar a cidade, tínhamos que sair da rua do hotel, ir até uma principal (onde o tuktuk nos deixara), virar a direita e caminhando estaríamos na rua principal e no Sardar Sardar Market, o mercado de Jodhpur que é um ponto central da cidade onde se encontra a famosa torre do relógio, construída pelo marajá Sardar Singh.


Logo que saímos do hotel demos de cara com um burrico impedindo que saíssemos da viela. Tivemos que argumentar com ele para nos deixar passar sem coices e seguimos em direção ao centro. No caminho fomos nos dando conta de que Jodhpur, além de famosa por ser azul, também é conhecida como capital dos temperos e especiarias, e suas lojas estão entre as melhores do Rajastão para se comprar condimentos e chás.
Uma lojinha de um senhorzinho nos encantou e paramos par ver utensílios culinários diferentes, feitos de madeira ou mármore. Compramos uma espécie de pilão de amassar temperos em forma de barquinho e um rolo de abrir massa de madeira, que usam para abrir o chapati e o roti.
Na grande avenida que se estende do Sardar Market existem dezenas de lojas de tempero e também de artesanato, mas o turista tem que ficar atento, pois muitas lojas abusam da ignorância dos turistas em relação aos tipos e qualidades de ervas e chás, assim como abusam nos preços. Você pede uma coisa e te dão outra.

A cidade é caótica, mas agradável. O passeio pelo mercado é muito legal, vendem de tudo e especialmente coisas para os locais. Nesse lugar você consegue comprar alguns sáris populares baratos que pode usar depois para fazer cortinas e etc. Também um um bom lugar para comprar potes e utensílios de aço inox, especialmente os pequeninos para se colocar temperos. A cidade é antiga com rua e ruelas que fazem você viajar no tempo.

As mercearias são de tirar o folego, com uma infinidade de massas de corte, tipo macarrão, de vários formatos e cores e também vendem um tipo de coco anão e outras curiosidades que nunca tínhamos visto até então. Há sempre muito barulho e gritaria, como em todas as cidades indianas e no meio de toda essa confusão ainda dá para arriscar fazer compras e até parar para tomar um lassi gostoso.
Depois de feito o reconhecimento dos arredores, voltamos para o hotel e mais tarde saímos na direção contraria, onde encontramos um outro tipo de comercio menos popular e algumas docerias ocidentalizadas. No percurso vimos uma coisa muito bizarra: uma gaiola em uma esquina com um ser humano dentro. Era um senhor de uns 60 anos, sentado e as grades prateadas com um desenho frontal no meio em forma de cruz. Havia uma portinha aberta e copos de inox e um tonel maior, e um homem parou ali para beber aquela agua que ele ofertava.

Nessa parte da cidade tinham muitas lojas de estatuas e ornamentos de bronze maravilhosas, mas os lojistas e seus empregados especialistas em dar golpes em turistas logo nos avistaram e tentaram vender estatuas para nos, houve uma grande confusão, porque na verdade queríamos comprar passagens de trem para Jailsamer e essas lojas tem agencias de turismo, alias os indianos são bem ecléticos, mas eles pareciam não serem honestos. Mostraram que queriam ajudar mas nós sabíamos que queriam dar um truque, vender mais caro, perturbar a gente para que comprássemos outras coisas e nos dizíamos que não iriamos comprar nada, e eles garantiam que enviariam estatuas para nosso pais e que as taxas deles eram as melhores, foi irritante e ai fomos embora. Entramos em outra loja e um moleque da loja chatinha veio atrás e dissemos que não estávamos interessadas em comprar nada mais e que iriamos até a estação de trens e foi muito chato, porque o moleque insistia em ajudar mas nós sabíamos que era truque.

Ele insistiu que era honesto e ofereceu o telefone para ligarmos para ver que não havia mais passagens disponíveis na estação e sim e somente com eles.
Nos irritamos com a abordagem e fomos embora e ele até deu o telefone dele para a Roberta ligar para a estação de trem. Resolvemos abortar a missão e voltamos para a praça do relógio.
Fomos almoçar, finalmente, e escolhemos um restaurante no rooftop de um hotel, o Pal Haveli. Nós escolhemos porque achamos o lugar lindo e entramos para visitar. Era um lugar fantástico, com um jardim interno lindo, um verdadeiro castelo de marajás e então percebemos que era um hotel e havia uma placa dizendo que existia uma restaurante com vista de 360 graus no rooftop. Imediatamente subimos e ficamos encantadas com o local
Só depois vim saber que o Pal Haveli foi construído por Thakur de Pal em 1847, e tem sido a residência dessa nobre família há mais de 150 anos. No pátio há uma árvore de Neem centenária e o hotel é um verdadeiro museu, com 21 quartos e suítes. No site do hotel eles dizem que nenhuma grande reforma foi feita na Haveli e os elementos são mantidos da mesma forma que eram usados pela família décadas atrás.
Nós não vimos os quartos mas pudemos notar a beleza e suntuosidade e até comentamos que se um dia voltassemos para Jodhpur poderiamos nos hospedar ali.
Subimos até o rooftop onde fomos super bem recebidas. Não havia ninguém, apenas os funcionários vieram nos atender. A vista era maravilhosa pois podíamos ver o Forte Mehrangarh ao fundo e com uma vista de 360 graus pudemos avistar também o Umaid Bhawan, Jaswant Thada, Torre do Relógio e Gulab Sagar, O restaurante se chamava Indique, e tinha um ambiente sofisticado e acolhedor. Eu me lembro que comemos byriani e algo mais e tomamos linka. Ficamos imaginando que a noite ali com a lua cheia, deveria ser fantástico. Ficamos um bom tempo ali pois aproveitamos para descansar. o preço era bem mais alto que os outros lugares, mas valeu a pena.
Para fazer a digestão demos um role pelas feiras de alimentos onde conhecemos outros tipos de berinjela que desconhecíamos e a Roberta comprou uma sacola de uma senhorinha muito simpática que nos dizia os nomes de todas as verduras e legumes que nunca tínhamos visto.
Visitamos alguns templos e me lembro de um que tinha o piso quadriculado e uma pintura de Hanuman bem grande na parede. Ficamos sentadas no chão, como alguns devotos, admirando e a minha irmã repetiu o ritual que eles faziam, ou seja, dar algumas voltas em torno de um altar.
Eu não lembro bem quanto tempo ficamos lá, pois estou escrevendo tudo isso anos depois, mas me recordo que tocava musica religiosa sem parar e que havia um entra e sai de devotos, incluindo muitas crianças.
O dono do Hotel Juna Mahal disse que conseguiria as passagens de trem apara nós mas que teríamos que pagar a tatkal, e nem ligamos pois estávamos acostumadas. Ele também nos disse que o passeio imperdível era o Forte e e o Palácio. Escolhemos o Forte, porque era perto e até dava para ir a pé, com muito boa vontade. Mas as ruas eram um pouco soturnas, íngremes, e então pegamos um taxi.
A maior das atrações da cidade é o Mehrangarh Fort, ele tem horário para ser visitado e vale conferir no site. Também há cobrança de ingresso e há ainda uma taxa para entrar com máquinas fotográficas: cada câmera paga uma taxa. Vale a pena pagar também pela áudio tour, porque senão você perde muito do passeio. Eu me lembro que ficamos quase o dia todo lá, fomos pela manhã e voltamos no fim da tarde para o Hotel. O Forte é, sem dúvida, uma das construções mais imponentes da cidade e fica na parte alta acerca de 125 metros acima do resto da cidade. Pode-se avistá-lo ao longe, assim como o Umaid Bhawan Palace. Mas falaremos desse palácio depois.

O Fort Mehrangarh foi construído no 15 século e fica em um penhasco perpendicular, 124 metros acima do resto da cidade de Jodhpur. Feito em pedra de areia vermelha, mostra-se imponente, inexpugnável e tem uma beleza grandiosa. Considerado um dos mais impressionantes do todo o Rajastão é reconhecido como um dos mais bem preservados fortes na Índia. Tem incontáveis salas, com vitrais lindíssimos, pinturas emblemáticas seculares, roupas, armas, carros de guerras, enfim um museu completo e maravilhoso. Envolto por uma muralha de 9,5 km de extensão tem várias torres e janelas misteriosas.

Ao entrar, nos encantamos com uma música diferente que vinha do pátio. Um homem local, com a esposa e uma criança. Ela tocava e ela cantava em troca de algumas rupias. Fizemos um filme, apreciamos, demos algumas rupias e partimos para a visita. Sala por sala, pintura por pintura, riqueza, pedras preciosas, muito ouro. Tanta riqueza num só lugar, tanto ouro que pertencera a uma só família e o povo pobre faminto. A Índia dos Marajás era corrupta e injusta e a Índia de hoje continua a mesma.
Ficamos muito tempo dentro da fortaleza que ainda tinha uma loja de souvenires com preços razoáveis onde comprei um mala de cristal.
Dizem que o Museu que há dentro do forte, e que visitamos é o completo do Rajastão. Em uma seção do museu do forte há uma seleção de liteira reais antigas, inclusive folhadas a ouro. Também vimos pinturas antigas, peças de toucador seculares feitas a outro e roupas bordadas com pedras preciosas e perolas.
Fomos comer ali perto num restaurante que tinha um rooftop. Levamos estava vazio, e levamos nossa bruxinha rajastani, uma marionete que compramos de uma senhorinha no forte, para a mesa do almoço. Era tarde, por isso ninguém no restaurante, porém na Índia, muitos restaurantes são flexíveis e fazem almoço depois da hora. A comida era muito boa e o local muito bonito. Do rooftop víamos imponente, no alto da montanha o Palacio Umaid Bhawan e o Gulab Sagar Lake que é uma espécie de piscinão ao ar livre que foi construído como fonte de armazenamento de água em 1788 por Maharaja Vijay Singh. Tem cerca de 150x90m e é também um ponto turístico na cidade porque abriga o templo Kunjebehari de Lord Krishna e do jardim do palácio Raj Mahal.

Nestas cercanias existem muitos hotéis, e bons restaurantes. Mas como andávamos o dia todo, muitas vezes comíamos no rooftop nosso próprio hotel no final do dia. O café da manhã era o de sempre, chai ou chá de ervas ou chá assam, com cheese toast e as vezes iogurte (dai) com frutas. A comida era bem simples mas gostosa.
Um dia logo cedo, o dono do hotel nos chamou pois tinha conseguido ver nossas passagens de trem para Jailsamer. Pedimos para ele comprar, mesmo sabendo que levaria vantagens, porque a estação era longe e ele mesmo tinha dito que era difícil conseguir na data em que queríamos. Não pela data em si, mas na Índia há dificuldade em comprar tickets de trem de um dia para o outro ou com dois dias de vantagem. Na realidade, existem muitos trens mas existem muitos passageiros também, então tudo está sempre lotado e os turistas tem que comprar com muita antecedência ou apelar par ao tatkal. Ele disse que alguns hotéis conseguiam vantagens, e isso nós já sabíamos. Há na Índia uma espécie de "máfia de passagens" porque o turista comum vai ao guichê e muitas vezes não consegue, mas os donos de agencias de viagens e de hotéis sempre conseguem o bilhete de viagem.
Nos sentamos na saleta para combinar hora e tipo de passagem e na cozinha, que ficava anexa, a esposa dele, sempre séria, fazia uma comida que nunca tinhamos visto. Ela tinha um utensilio diferente, com andares e colocava a massa em cada andar e enfiava aquilo numa panela com água fervente e cozinhava no vapor. Ela pegava dois ou três bolinhos, colocava num prato fundo, cobriu com uma concha de molho e chamou a filha para comer. Tanto a menina como a senhora que não sabíamos se era mãe ou sogra, pegaram os pratos, sentaram-se no chão da sala do fundo e começaram a comer assistindo TV. Parecia gostoso, e antes que eu pudesse pensar em qualquer outra coisa, Mr Joshi foi a cozinha e preparou um prato com um bolinho e nos ofereceu. Ficamos meio receosas e dissemos que não comíamos carnes de nenhum tipo. Ele disse que naquele prato não tinha carne, porque ele era brâmane e os brâmanes não comem carne, e ainda acrescentou que também não havia nem alho ou cebola, pois são ruins para a mente. Melhor colocar uma foto para explicar como é esse utensilio que eu nunca tinha visto.

O bolinho chama-se Iddli e adoramos. O iddli é um bolinho de semolina cozido no vapor e servido com o sambar, uma sopinha deliciosa e muito complicada de se fazer. Era o desjejum deles.
O Mr Joshi era muito simpático e ajudava os hóspedes em tudo, desde comprar passagens, bilhetes, chamar taxis, dar dicas de todos os tipos e etc. Obviamente conseguiu as passagens que queríamos e além de pagarmos pelo tatkal, pagamos uma comissão para ele, o que é praxe na Índia. Pensando que você economiza tempo, dor de cabeça e dinheiro de tuktuk, vale a pena.
Não fomos ao Umaid Bawan porque de certa forma estávamos cansadas de ver toda aquela riqueza e aquela pompa e o Palácio era agora parte da rede de hotéis Taj. Por isso não ficamos muito interessadas. Com certeza é o melhor e mais caro hotel da cidade e também mais uma "as maiores residências privadas do mundo", o que faz com que você pense como um pais com tanta pobreza teve tanta riqueza? E, ao ponderar, a única conclusão é a de que a miséria na Índia é fruto da ganancia dos marajás, maharanis e hoje em dia dos grandes empresários e dos políticos corruptos.
Construído pelo Maharaja Umaid Singh, avô do proprietário atual Mr Gaj Singh , o palácio foi concluído em 1943. O edifício tem 347 quartos e serve como a residência principal da família real de Jodhpur. Tem um museu e uma parte do palácio é administrado por Taj Hotels.

No derradeiro dia de Jodhpur fomos comprar especiarias, chás e temperos e eu comprei um buda de mármore e a Roberta comprou um shiva lingam de mármore também, ganhamos do rapaz da loja incenso e estatuas de Ganesh, mini Ganeshas. Agendamos uma tatuagem de henna para o último dia e percebemos que a esposa do Mr Joshi ganhava muito dinheiro encima do trabalho da moça. para nós ficou barato, 300 rúpias ambos os braços. Mas a tatuadora recebeu muito menos do que a metade.
Foi divertido ficar vendo a grande habilidade de desenhar e criar aqueles desenhos maravilhosos. Ela não se guiava por nada, estava acostumada a fazer e quando o cone de henna entupia ela passava no cabelo para limpar a ponta e a henna tornar a sair. Achamos super interessante os cones e perguntamos onde vendia e ela disse que conseguiríamos em qualquer mercado ou nas ruas mesmo.
Enquanto aguardávamos nosso carro chegar para nos levar até a estação de trem, para seguir viagem para Jailsamer, a tatuadora decorou nossos braços com uma destreza de dar inveja. A filha do Mr Joshi ficou apreciando e nos dando dicas:
1 - Não pode molhar até secar completamente
2 - quando secar e começar a partir, é hora de tirar
3 - depois de 12 horas pode lavar
4 - quanto menos lavar mais vai durar

O Juna Mahal é um hotel que recomendamos com certeza, porque além de ser gerido por uma família muito bacana, é bem localizado e aconchegante. A comida também é boa, embora demore muito, mas quando você conhece o esquema da casa e entende que o pobre do Ravi tem que fazer tudo, até releva e não reclama mais do atraso.
Eles servem cerveja no hotel, nós não tomamos e comento isso porque na Índia, obviamente tomam, bebidas alcoólicas, mas não é muito comum você ver a oferta no menu dos restaurantes, especialmente dos mais populares. Já as casas que vendem bebidas se vê aos montes em algumas cidades.

E devo acrescentar que a cidade é pequena e aconchegante, mas muito menos azul do que eu imaginava. O azul mesmo você percebe ao subir no forte, ali sim, de certos ângulos você a famosa cidade Azul.
Não sei se voltaria para lá, mas posso dizer que foi bem agradável apesar de ter notado que lá, muitos comerciantes de estátuas e artesanatos de maior valor, tentam enganar o turista. Eles abordam as pessoas de um modo muito insistente e chato. isso acontece também a rua dos temperos. Fica difícil caminhar em paz. São os comerciantes mais chatos da India.
Bem a foto ao lado, do papel higiênico é apenas para ilustrar. esse rolo é o que dão nos hotéis quando tem. Em 2007, quando fomos a Índia pela primeira vez, poucos hotéis tinham papel no quarto. Geralmente era um rolinho desses e o segundo o hóspede tinha que comprar. Quando fomos para a Índia em 2012, quase todos os hotéis já tinham o papel higienico gratis. No Ashram não tinha. E quando voltamos em 2014 já era um ítem mais popular e dependendo do hotel, você poderia pedir um segundo rolo na recepção.

Juna Mahal Boutique Homestay - Mr Joshi Endereço: Ada Bazar, Daga Street JodhpurIndia 342001
Tlefone: 091-291-2445511 Celular: 09829023390 E-mail: junamahal@yahoo.com
Preços: de Rs200 a Rs3500
Pal Haveli - Heritage Hotel e Indique Restaurant & Bar
Endereço: Gulab Sagar, Near Clock Tower, Jodhpur, Rajasthan (342001) Telefone: +91-9672293328 / 2638344
E-mail: info@palhaveli.com / palhaveli@yahoo.co.in
Preços: de Rs6000 a Rs10240
Mehrangarh Fort, ele tem horário para ser visitado e vale conferir no site. Também há cobrança de ingresso e Horário: das 9hs ate as 17 hs
Preço: A entrada no forte é grátis, mas para entrar no Museu e afins paga-se Rs 100 para indianos, Rs50 para aposentados e menores indianos, Rs600 para turistas e Rs4)) para turistas estudantes. Ainda se paga por câmera, para guardar bolsas e mochilas e até para usar o banheiro.
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