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Ellora Caves - Cavernas Hindus

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 18 de out. de 2014
  • 17 min de leitura

Atualizado: 9 de abr. de 2021


Os monumentos Hindu: Cavernas 13 a 29

As primeiras cavernas hindus começaram a ser escavadas antes de quaisquer outras. As primeiras foram totalmente dedicadas a Shiva e todos esses templos contêm uma pedra cortada linga-yoni dentro do núcleo do santuário, cercado por um espaço para circum- ambulação (parikrama).

O Yoni é uma representação estilizada da genitália feminina que representa a deusa Shakti no hinduísmo dentro Shivaismo, a seita dedicada ao deus Shiva, o yoni simboliza sua consorte. A contrapartida masculina do yoni é o lingam. Sua união representa o eterno processo de criação e regeneração, a união dos princípios masculino e feminino, e toda a existência. Na arte e na escultura, esta união é representada por um cilindro (lingam, muitas vezes interpretado como um falo estilizado) descansando dentro de um prato jorrado (yoni). Mais conhecido como Shiva-lingam este símbolo está replicado em todas as cavernas hindus de Ellora.

As cavernas hindus foram construídas entre meados do século VI até o final do século VIII, em dois períodos. Nove templos da caverna foram escavados a partir do século VI. Outras quatro cavernas, 17 a 29 foram construídas durante o período de Kalachuri. O primeiro trabalho foi iniciado nas cavernas 28, 27 e 19. Seguiram-se as duas cavernas mais impressionantes construídas na fase inicial: as cavernas 29 e 21. Junto com estas duas já estavam em curso as cavernas 20 e 26, e ligeiramente mais tarde em cavernas 17, 19 e 28.

As cavernas 14, 15 e 16 foram construídas durante o período de Rashtrakuta, algum datando entre os séculos 8 a 10. A caverna número 16 é maior monólito do mundo. Todas essas estruturas representam um estilo diferente de visão criativa e habilidades de execução. Alguns eram de tal complexidade que exigiram várias gerações de planejamento e coordenação para completar. (wikipedia)

Caverna 13

É uma caverna incompleta, mais um buraco grande na rocha.





CAverna 14

Caverna 14

Conhecida como Ravan ki Khai (é esplendidamente decorada e tem um foco sobre divindades femininas que pode ser comprovado pela imagem de Durga na parede direita na entrada). Muitos historiadores acreditam que essa caverna foi originalmente dedicada à própria Durga, uma vez que o santuário não foi moldado para receber um lingam. Pode ser que ali tenha existido uma imagem da Deusa no pedestal que agora se encontra vazio, dentro do altar. Também é importante destacar um pequeno painel que é parte de um friso inacabado acima dos dois pilares traseiros do corredor central onde vemos uma cena com Durga.

A caverna é retangular com doze pilares formando um salão quadrado, os pilares são esculpidos. Nos corredores laterais fora do quadrado central, temos painéis maravilhosos. De Durga, Shiva e Parvati jogando chausar, um jogo de dados. Em seguida temos a representação de Shiva Nataraj, que é o Deus Shiva dançando, enrolado em serpentes, à esquerda, enquanto Parvati e assistem enquanto, nas nuvens acima estão Agni em seu carneiro, Indra em seu elefante, Brahma em seu ganso (hamsa) e Vishnu em seu pássaro-sol Garuda. Depois há outro painel com Parte superior do formulário

Ravana, com suas dez cabeças e dez braços, em uma pose de luta pela retaguarda, sacudindo o Monte Kailash, enquanto Shiva flerta com Parvati. Entre esses painéis há pilares ricamente entalhados. E seguem com Andhakasuravadha com a pele de um elefante, com Shiva como Bhairava perfurando-o e pegando seu sangue em um copo em formato de crânio. Na parte superior esquerda, o demônio empalado já está agradecendo Shiva por tê-lo libertado, enquanto Parvati e seu leão (danificado) estão sentados abaixo. Ganesa, é visível entre as pernas de Shiva, parece estar dançando, E temos mais um pilar e o painel final deste lado do salão. Trata-se de Saptamatrika As Sete Mães, sendo atendidas ou protegidas por Virabhadra que é uma forma temível do deus hindu Shiva criado pela ira de Shiva, estão a à esquerda neste painel e temos ainda Ganesa, o esquelético Kala, o tempo, e Kali à sua direita. Nesses painéis, cada uma das figuras é facilmente identificável por seu veiculo, por exemplo, Brahmi com seu ganso ou hamsa, Mahesvari com seu touro, Kumari com seu pavão, Vaisnavi com o pássaro Garuda, Varahi com seu javali, Indrani com seu elefante e Saraswati com Sua coruja.

No centro do salão, há um santuário, com a passagem de circulação. Na porta figuras guardiões de tamanho natural, com suas próprias atendentes femininas. E dentro do santuário principal há o pedestal vazio, que já descrevemos.

Na parede esquerdas, há mais belos painéis, e o primeiro, visto por quem sai do santuário do pedestal vazio, é Vishnu sentado com sua consorte Lakshmi com músicos ao redor deles. Temos então outra pilastra e mais uma imagem de Vishnu. Mais uma pilastra decorada e um painel com Varaha, o avatar de Vishnu na forma de um javali, resgatando a Deusa da Terra. Logo temos outro pilar e Gajalakshmi, ou Laksmi, sendo purificada por um banho dado por elefantes e acompanhantes diferentes, de quatro braços carregando potes de água, enquanto divindades de água se distraem e brincam na linda lagoa de lótus, com seus patos e suas tartarugas, assim como seus naginis, erguem grandes vasos de água; E o ultimo painel, é quase uma replica do primeiro do outro lado. Na realidade, são dois painéis de Durga um em frente do outro, o que mais uma vez, leva a crer que esse templo era dedicado a ela.

Caverna 15 primeiro andar

Caverna 15

Também chamado de Das Avatara ou Dashavatara, refere-se à dez manifestação de Vishnu, alguns dos quais são realmente mostrados na caverna, é na verdade uma dedicação Shiva, atestada pela presença do santuário lingam.

Entrando pela muralha há um enorme mandapa a frente, mas à esquerda existe uma escavação circular que abriga um pequeno santuário. Nessa escavação circular, as paredes tem painéis como Panchagni Tapsya, que é a representação de Parvati suportando os "cinco fogos". Ela tem um adereço na cabeça, rosário e jarra de água. Depois temos Vishnu e Brahma Vishnu com lótus e maça (gada) e a concha (macho) à direita. Em seguida, à direita, está Brahma, com três (de quatro) cabeças e com rosário e um jarro de água, segurando lótus em suas mãos superiores. Os pássaros hamsas estão na parte debaixo. Mas a esquerda há um santuário danificado com um lingam polido em uma pedestal (pitha) circular. A entrada do santuário é guardada por dwarapalas.

De volta para o pátio há uma construção quadrada toda decorada por fora chamada de Nandi Mandapa. Também chamado de Casa da Dança, é uma estrutura monolítica, toda talhada na rocha com detalhes riquíssimos e acredita-se que era um santuário dedicado ao veículo de Shiva, a vaca Nandi. Tem duas portas e duas janelas, simetricamente dispostas.

À direita da quadra, há câmara de cisterna, e uma câmara superior que se alcança por uma pequena escada. Do outro lado, a esquerda, há uma grande câmara vazia que contém seis células, duas a cada lado à esquerda, à direita e ao fundo, que ainda estão inacabadas.

Saindo do salão das seis celas, e seguindo a esquerdas, para o fundo do terreno está o Das Avatara, a bela construção de dois andares. No piso térreo 14 colunas simetricamente dispostas de seis por seis e mais duas no fundo, num local que poderia vir a ter um santuário. Ao lado dessas duas colunas existem quatro celas, duas a esquerda e duas a direita.

Ela parece ter sido deixada de lado, porque em algumas paredes há nichos iniciados, onde se colocariam imagens. Alguns historiadores afirmam que ela foi iniciada no final da fase budista escavações em Ellora, foi interrompida no meio do caminho pela conquista da região por Rastrakuta Dantidurga em cerca de 750 DC. No entanto, por causa de seu vasto plano de pilares, semelhantes aos das cavernas budistas 11 e 12, para não mencionar a sua proximidade física destas referidas cavernas, acredita-se que era para ser um vihara budista, porque há a presença de imagens de Buda em alguns capiteis de pilares do andar superior, juntamente com figuras femininas sentadas, presumivelmente Taras, nas duas capitais de pilastra.

Caverna 15 segundo andar

No segundo andar, encontramos um salão retangular com 42 colunas, disposta de sete por seis, e no fundo uma antecâmara com mais duas colunas. A parede do fundo tem dois nichos em cada lado das duas colunas, que formam uma antecâmara que leva ao santuário. Nesses quatro nichos, e da direita para a esquerda podemos identificar representações de Bhrama e Shiva numa carruagem, Shiva emergindo do lingam, o Ganges nascendo dos cabelos de Shiva e Shiva emergindo da lingam, mas dessa vez numa atitude de luta para salvar seu devoto Markandeya das garras do Deus da Morte Yama.

No meio do salão entre a segunda e a terceira colunas de pilares há uma escultura de Nandi

No grande salão retangular, nas paredes laterais temos vários painéis. No primeiro, do lado direito para quem chega à sala e vai em direção ao santuário. O primeiro é o demônio Hiranyakasipu, depois Vishnu Trivikrama, ou Vishnu em sua quinta encarnação como o anão e Vahara, Então há uma saleta com um pedestal onde havia um lingam e ao lado os painéis de Vishnu montado em Garuda, salvando o elefante – Gajendramoksha. O outro painel tem Vishnu reclinado sobre a serpente infinita, Sesha. Esse painel é muito belo, com Vishnu, contendo o universo, permanece adormecido nas águas representadas pela serpente, enquanto Laksmi, representando a energia vegetativa, tenta acorda-lo para iniciar o processo de criação; O deus Brahma, que aparece acima em um lótus que brota do umbigo de Vishnu. Depois dessa magnifica escultura na pedra, há o painel com Krishna carregando o Monte Govardhana. Krishna, a oitava encarnação de Vishnu, ergue e abriga os vaqueiros sob a montanha, para protegê-los da raiva de Indra, o deus da tempestade.

Caverna 16

Caverna 16

Mais conhecida como O Templo Kailash, a caverna 16 foi esculpida de um único monólito em uma encosta e cerca de 2,4 milhões de toneladas cúbicas de pedras foram removidas durante a sua construção, no século VIII. Os construtores esculpiram o templo usando cinzel de uma polegada e o templo levou vinte anos para ficar pronto. É um exemplo notável da arquitetura Dravidiana em razão de suas torres altas e sua proporção impressionante. Alguns historiadores afirmam que a obra foi encomendada e concluída entre 757 e 783 D.C., quando Krishna liderava a dinastia Rashtrakuta.

O projeto tenta reproduzir o Monte Kailash, e é dedicado ao Senhor Shiva que, vivia nessa região. O complexo é tão grandiosos que Erick Von Daniken, o pesquisador de mistérios, achava que tinha sido obra dos astronautas do passado que, segundo ele, criaram muitas das estruturas grandiosas da Terra. Citando o Templo de Kailash como um exemplo, ele defendia que esse templo poderia ter sido construído pelos deuses que vieram dos céus em máquinas voadoras. Pode ser que a planta do templo sustente esta teoria, porque foi feita com desenhos religiosos que representam o cosmos.

Sendo extraterreste ou não, a caverna 16 é, sem dúvida, a mais importante de Ellora em razão de eu tamanho e por ter sido talhada numa única rocha. A estrutura do templo cobre uma área que é dobro do tamanho do Parthenon em Atenas. Estima-se que os artistas cuidadosamente removeram três milhões de metros cúbicos de pedra para criar e dar forma ao templo Kailash, ou cerca de 200.000 toneladas de rock basáltico.

É um complexo super elaborado, com salas, corredores, pontes e muitas esculturas impressionantes. Tudo é superlativo, nesse templo, ao entrar o pórtico já mostra sua grandeza. É impossível detalhar tudo o que há em Kailash. Na entrada do templo de Kailash, que é o maior de Ellora, a maioria das divindades no lado esquerdo são Shaivite (seguidores de Shiva), enquanto no lado direito as divindades são Vaishnavites (seguidores de Vishnu). Um enorme entrada da acesso a um pátio em forma de U, no tamanho de 82 x 46 metros. O pátio é cercado por uma galerias de colunas com três andares e arcadas com enormes painéis esculpidos. Várias salas pelo pátio contem enormes esculturas de diversas divindades. Originalmente, havia pontes de pedras que ligavam as arcadas aos templos centrais, mas caíram no decorrer dos anos.

Esses corredores laterais cobrem toda área do complexo e os rodapés são tão altos, que escadarias tiveram que ser construídas para que pessoas pudessem entrar, essas escadas são modernas, digo, dá para se notar que foram construídas depois.

Caverna 16a

Tudo é muito alto, muito grande e logo na entrada, ao atravessar o portal, os visitantes sentem-se como “formiguinhas” passeando em uma cidade de gigantes, porque as dimensões, inclusive das representações dos deuses, são superlativas. Depois dos elefantes está o primeiro templo com dois andares, é todo esculpido, retratando diferentes divindades e é Ladeado por dois obeliscos. Atrás deles está o templo maior e mais alto. No segundo andar fica o santuário central que abriga o lingam, este andar caracteriza um mandapa com um telhado suportado por 16 pilares, e um shikhara Dravidiano, característica de quase todos os templos indianos, ou seja, um telhado pontudo, piramidal. Há uma imagem do monte Nandi de Shiva (o touro sagrado) está em um patamar na frente do templo. Há pinturas no teto e em algumas paredes.

Os painéis em duas paredes desse templo principal consistem em fileiras de esculturas, que de cima para baixo como um livro de texto apresentam um resumo pictórico do Mahabharata (lado norte) e o Ramayana (lado sul). Toda a estrutura do templo é circundada por esculturas de elefantes, dando a impressão que eles sustentam o edifício.

No complexo de Lailash há santuários de todos os tipos dedicados a boa parte do panteão hindu. Podemos citar homenagens para a Mãe Ganga, Yamuna, Saraswati, assim como para cada um dos dez avatares de Vishnu, e também para os deuses e deusas védicos como Indra, Agni, Vayu, Surya e Usha. Divindades não védicas como Ganesha, Ardhanarishvara (metade Shiva, metade Parvati), Harihara (metade Shiva, metade Vishnu), Annapurna, Durga e outros, também não foram esquecidos. O complexo ainda apresenta os doze episódios da infância de Krishna.

No segundo andar há um santuário em uma varanda que chamou a minha atenção em especial, o santuário das Sapta Matrikas, ou as Sete Mães divinas: Brahmani, Vaishnavi, Maheshvari, Indrani, Kaumari, Varahi, Chamunda e Narasimhi. Elas tem um significado primordial no tantrismo e também são descritas como tendo qualidades auspicioso e muitas vezes não são vistas com bons olhos. Contudo, na mitologia Hindu desempenham um papel de proteção e representam o aspecto prodigiosamente fecundo da natureza, bem como seu aspecto de força destrutiva.

Talvez, para se ver tudo em detalhes seja preciso passar o dia todo, ou mais dias só nesta caverna. Há muitas esculturas, todo o panteão hindu e várias histórias são contadas nas paredes desse mega monólito incrível.


Caverna 17

Caverna 17

Com uma planta retangular. Simétrica e bem elaborada, ela é acessada por uma escada. Tem uma grande porta e duas janelas, de cada lado, que formam a varanda frontal. Passando por um pequeno pátio encontramos a câmara central com 12 pilares. A esquerda, na extremidade está Ganesh e a direita Durga. Fora, na varanda, Shiva e Kubhera. As colunas são bem diferentes e todas elas esculpidas dos quatro lados, com muitas figuras e deuses, há uma passagem de circum-ambução em torno do santuário no fundo do salão, onde há o habitual Shiva Lingam.

A ênfase nas figuras femininas na caverna é óbvia. Estas figuras, com seus assistentes, ambos de pé e voando, estão na maior parte das paredes e das colunas. Na entrada do santuário os dwarpalas.

Caverna 18

Caverna 18

Através de uma abertura na rocha, que parece um portão em um muro, entramos no amplo pátio da caverna 18. No centro, há um quadrado que poderia ser um espelho d’água ou um pedestal para Nandi. Ainda no pátio, temos duas câmaras sem pilares em ambos os lados da quadra, com um nicho (em cada) onde provavelmente deve ter tido algo.

No fundo do pátio está a caverna 18, propriamente dita, acedida por uma escada que dá num hall retangular levando a uma antecâmara de santuário precedida de dois pilares e finalmente o santuário como o lingam atrás.

O salão não é muito grande e carece de decoração e embora seja caverna extremamente simples, tem características suficientes para identificá-lo como uma concepção Rastrakuta do século VIII. Isto é particularmente evidente a partir da forma circular tardia da pitha (pedestal) no santuário, onde repousa o lingam.

Caverna 19

Caverna 19

Por um buraco numa rocha maciça vemos seis colunas. A ao entrar chegamos numa sala retangular sustentada por 16 colunas. Parece não ter sido acabada, mas possui alguns painéis esculpidos, destacando-se a imagem de Lakulisa, com seu bastão e o urdhvalingam (ereto falo) frequentemente encontrado em tais representações. Provavelmente por causa das restrições de espaço, apenas dois de seus quatro discípulos aparecem aqui, juntamente com duas figuras voadoras acima.

A entrada para o santuário, como na caverna 20, é levantada e muito alto, com os guardiões ao lado da porta e lá dentro um Lingam, numa base quadrada típica do período de Kalachuri.

Caverna 20a

Caverna 20

É dividida em 20 a e 20b. A primeira possui um pátio, com uma espécie de espelho d’agua, como anteriormente vimos na outra caverna. Antes da varanda, há uma cela, uma na direita e outra na esquerda e através de três pequenas portas acedemos a um salão maior. Esta caverna carece de detalhes, mas possui a imagem de uma Kubera do lado esquerdo da fachada, perto da cela a esquerda, que há no pátio, antes da varada.

Cverna 20b

Caverna 20b

A caverna 20b é alcançada por uma escada e possui esculturas ainda na parte de fora, ao lado da escada. Chega-se num pátio, com a caverna esculpida na rocha maciça ao fundo. A varanda é sustentada por duas colunas grossas. Tem um circum-ambulação e um santuário no centro, com Dwarapalas, um de cada lado e dentro do santuário um lingam. Nos lados esquerdo e direito da passagem de circum-ambulação dá duas salas elevadas, sustentadas por duas colunas, que podem ser capelas ou locais onde os devotos se sentavam para orar.

Caverna 21

Caverna 21

É conhecida domo Templo de Rameshwar A varanda frontal da Caverna 21, aberta para o céu, no meio do pátio um pedestal ornado com Nandi. Do lado esquerdo um santuário para Ganesha, e ao lado de fora, antes da varanda, uma escultura de Ganga. Do lado esquerdo, simetricamente oposto, outro santuário, mas dessa vez que está lá é Kartikeya, com um painel de Yamuna fora, antes das colunas da varanda. Passando pela varanda com quatro colunas chegamos numa salão, com dois santuários nas extremidades direita e esquerda. Neste salão são várias as divindades representadas. Do lado direito: Chanundi, Saptamatrika, Shiva, Parvati e do lado esquerdo Kalyanasundaramurti, Saptamatrika, e Mahishasuramardini. No altar, dois dwarpalas, um à esquerda e outro a direita, a passagem de circum ambulação e dentro do santuário uma Linga no santuário principal.

Caverna 22

Caverna 22

Chamada de Nilkantha, também têm várias esculturas. Na entrada uma construção em formato de cubo esculpido em rocha com quatro janelas, uma de cada lado e a Nandi em seu interior. Nesse pátio, à direito há uma sala escavada na rocha decorada com Saptamatrikas e outra igual do lado esquerdo.Há um lance de escadas e uma enteada com quatro colunas. No interior, uma salão, com um anexo a direita e outro a esquerda. Os anexos são sustentados por duas colunas menores e ao fundo, mais um anexo antes do santuário onde há mais um shiva lingam. Kartyteya, Ganesh, Mandapa e Saraswati entre outros estão esculpidos nas paredes.

Caverna 23

Caverna 23

Essa caverna é bem diferente das outras, totalmente assimétrica com dois lingam e oito santuários pequenos. Estima-se serem santuários porque resto do que teriam sido pedestais para lingans. Esta danificada e parece ter sido abalada por um sismo. Um dos santuários, que no mapa tem a letra W (santuário sete) tem muitas figuras esculpidas e pintadas, mas a maioria dos outros carece de imagens. Há um medalhão em forma de lótus na santuário, sete.

Caverna 24

Caverna 24

Parecendo tem entradas múltiplas cavadas na rocha ela, tem cinco santuários com suas respectivas antecâmaras e cada um contem uma shiva lingam. A planta é bem assimétrica, como a da caverna anterior.

Entrando, a direita há uma pequena sala. Seguindo em frente, de quem entra, há uma antecâmara com o santuário e um local onde deveria haver um lingam. Ao sair desse santuário, podemos ver a direita de quem sai da antecâmara, outra antecâmara e seu santuário com o shiva lingam. Os outros três santuários também possuem antecâmaras. Nenhum dos cinco shiva lingans está em bom estado, Há escadas para aceder todas as antecâmaras e portas nos santuários. Existem pouca representações de figuras em algumas paredes.

Caverna 25

Caverna 25

Essa caverna é maior e é alcançada por uma escada entalhada na pedra. No grande pátio há escombros do que parece ter sido um pedestal para um Nandi. Por mais um lance de degraus subimos até a varanda de cinco pilastras. Do lado direito uma imagem de Huber, antes de uma antecâmara pequena que leva a uma saleta onde há um shiva lingam.

Na parede da outra extremidade, da direita, há um pedestal em forma de lótus. Voltando ao centro, quatro colunas separam essa sala de uma maior com uma flor de lótus esculpida no teto e mais a frente chegamos à antecâmara precedida por duas colunas ornadas com seres voadores, e com uma representação se Surya no teto. E enfim as portas do santuário com os guardiães um de cada lado. Lá dentro deveria haver um lingam, mas esta vazio.

Caverna 26

Caverna 26

A fachada da caverna 26 tem seis colunas e as dos cantos são diferentes das outras. Ao entrar o visitante chega num salão retangular vazio. A direita e a esquerda, dois anexos com duas colunas e escadas que também estão vazios.

Seguindo em frente quatro colunas abrem a sala quadrada. As duas colunas extremas, da direita e da esquerda, são meias colunas, ricamente esculpidas com figuras míticas e no portal os guardiões estão a postos. Há uma passagem de circum-ambulação e no centro o santuário com o shiva lingam em seu interior.·.

Caverna 27

Caverna 27

De difícil acesso, essa tem uma longa escadaria, mas atrai o visitante que de longe pode avistar as enormes estatuas nas paredes da entrada do grande salão. A direita da porta estão Balaram, Subhadra e Jagannath e a esquerda Brahma, Vishnu e Shiva. Há uma estatua maravilhosa de Seshasayi Vishnu situado na extremidade direita da varanda. Shesha é o rei de todos os nāgas e um dos seres primitivos da criação. Quando Vishnu é representado descansando na aureola de cabeças de cobras, essa representação se chama Seshasayi Vishnu, no lado oposto há a representação de um Varaha.

Entrando pela porta pequena há um salão retangular, com dois anexos um de cada lado, um a esquerda e outro a direita. Em frente uma antecâmara com duas colunas que leva a um santuário onde há um shiva lingas. A direita da antecâmara há outra porta que leva a outra sala quadrada, igual as das extremidades direita e esquerda.

Caverna 28

É das menores, bem escondida e parece não ter sido terminada, mas tem seu santuário. Uma passagem de circum-ambulação também inacabada e um santuário, com os dois dwarpalas na entrada. A porta está bem feita, mas lá dentro não está concluído, porém podemos notar e há ainda algumas esculturas ainda não muito definidas e inacabadas. Uma delas é de Brama, outra de Vishnu e a ultima de Shiva, a tríade do panteão Hindu.

Caverna 29

Caverna 29 Também chamada Dhumar Lena, é uma das primeiras escavações em Ellora e está entre as maiores. Na entrada há uma pequena escadaria protegida por dois leões. Há quatro belas colunas que sustentam o teto dessa varanda de entrada e do lado direito, emoldurado pelas colunas, há um painel que retrata Ravana agitando Kailash. Do lado esquerdo, também emoldurado pelas colunas o painel retrata Andhakasuravadha.

A frente temos um salão amplo, com um corredor de oito colunas que termina num santuário quadrado, com quatro portas de cada lado e mais suas respectivas quatro escadinhas e dois dwarpalas com suas consortes.

Essa caverna tem o formado de um yantra. Do lado direito desse corredor há outro corredor e mais um menor, formando os retângulos de um yantra. Nesta ultima saleta as paredes direita e esquerda são ornamentadas com imagens de Kalyanasundaramurti e Parvati do lado esquerdo e Shiva e Parvati jogando do outro lado.

As esculturas na Caverna 29 são grandes e, diante desse painel onde Shiva e Parvati, uma pessoa normal parece muito pequena. Dessa varanda sul, pode-se ver a Vale Ganga, uma cachoeira que durante as monções é como se "Ganga estivesse caindo sobre a testa grande Shiva". Essa varanda é simétrica com a entrada principal, ou seja, tem a escadaria e os dois leões guardando a porta.

Diretamente oposto a este lado do yantra, ao que ouso comparar a planta, vemos a direita Lakulisa sentado e a esquerda Shiva Nataraja, a frete temos os dois leões e as escadas fechando a simetria do yantra, Descendo as escadas entramos numa área que tem uma saleta coberta com duas janelas e a coluna quebrada.

Na parede do fundo atrás do santuário quadrado do shiva lingam, na parede a direita, há uma porta que leva a uma cela e esta possui outra porta que leva a outra cela. É uma belíssima caverna, com magnificas esculturas e bastante integrada a natureza.

As fotos foram tiradas da internet, exceto as que tenham watermark"

Acho importante lembrar que as plantas, alguns desenhos e fotos antigas são de autoria dos primeiros desbravadores ingleses e indianos na região, e pertencem a British Library. São plantas baixas de algumas cavernas, cópias de esculturas, de paredes, de pilares e de afrescos. Um acervo maravilhoso, que me ajudou a relembrar das cavernas uma por uma. Os autores são: Robert Gill (c.1824-1875), um oficial do exército britânico que servia na Índia e que ainda era pintor e fotógrafo. Ele ficou mais conhecido por suas copias das dos afrescos das cavernas de Ajanta. Gill foi o primeiro pintor a fazer cópias das pinturas de cavernas budistas, e os desenhos que sobreviventes permanecem significativos para o estudo de Ajanta já que houve mais deterioração desde a descoberta, em 1819 até os dias de hoje.

Também peguei algumas fotos de James Burgess (1832-1916) que era topografo e arqueólogo do Governo de Madras e na British Library. Desenhos e fotos de Henry Cousens (1854-193?), que era do departamento arqueológico do exercito britânico e que trabalhava em pesquisa arqueológica na região de Pune, tendo trabalhado também em várias regiões da Índia. Há fotos Deen Dayal, fotografo indiano cuja carreira começou em 1870 como um fotógrafo comissionado. Ele fez muitas fotos de Ajanta e Ellora e também de D.H Sykes, que não consegui saber quem era e ainda existem muitas fotos e desenhos anônimos da época.


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