Dharamsala - Mcllo
- Admin
- 24 de mar. de 2012
- 6 min de leitura
Atualizado: 9 de abr. de 2021

Chegamos a Dharamsala de manhã bem cedinho e fomos direto para o Snow Lion. Deixamos as mochilas no quarto e tomamos um café delicioso com panquecas, mel e chá de ervas, na varanda. Depois fomos dar um passeio até o centro de Medicina e Astrologia, Men Tsee Khang, pois eu estava disposta a fazer uma consulta com um médico tibetano e comprar todos os remédios que me indicasse porque eu tinha lido uma matéria muito interessante sobre a medicina tibetana e a eficácia dela em todos os aspectos; os tipos de remédios, as ervas usadas, a manufatura e achei muito fascinante. A vila tinha mudado um pouco e agora, em 2012, o local transado da vez era o Mandala Café que ficava na Temple Road. Ao lado havia outro restaurante e café, Moonpeak Café que também era bom. A vantagem do Mandala era o wifi grátis e por isso estava sempre cheio de turistas estrangeiros. Em 2007 não havia internet em local algum e tínhamos mentira que ir a uma lanhouse perto do Kalachacra Temple para falar com o mundo, inclusive ligar para o Brasil por telefone. No restaurante do Snow Lion, dona Tenzin estava com um tablet e disse para nós que não tinha internet lá. Ela é uma pessoa muito curiosa por que às vezes ela é muito simpática outras vezes totalmente mal-humorada. Em 2007, depois de desistirmos de ficar num hotel agendado por telefone (indicado pelo Lonely Planet) que não tinha nem lençol, descemos a rua sem saber o que iríamos encontrar e na primeira tentativa chegamos ao Snow Lion e ela nos atendeu, nos acolheu, disse que lá era nossa casa e foi bacana conosco o tempo todo, sempre dizendo que éramos como filhas, e etc.
Mas em 2012, apesar de ela dizer que se lembrava de nós perfeitamente e de ter recordado que havíamos ficado no quarto do fundo, ela estava sempre mal humorada. Vimos o modem no salão do restaurante e ela disse que não tinha internet e ainda ficava o tempo todo naquele tablet, Nunca sorria, estava sempre brava, ao contrário dos meninos da cozinha e do cozinheiro que sempre acenavam para nós quando subíamos as escadas para os quartos e os víamos trabalhando na cozinha.
Apesar de cinco anos, a cidade não estava muito mudada, porém vimos mais turistas, alguns restaurantes novos, hotéis novos, mas ainda era uma cidade pacata. Descendo pela Temple Road nos encontramos o menino de 2007 tinha vendido sapato para Roberta em frente do Kalachakra Templo e infelizmente ele estava corrompido pelo dono da loja e estava tentando nos enganar, como fazem os comerciantes indianos.
No restaurante do Snow Lion, dona Tenzin estava com um tablet e disse para nós que não tinha internet lá. Ela é uma pessoa muito curiosa por que às vezes ela é muito simpática outras vezes totalmente mal-humorada. Em 2007, depois de desistirmos de ficar num hotel agendado por telefone (indicado pelo Lonely Planet) que não tinha nem lençol, descemos a rua sem saber o que iríamos encontrar e na primeira tentativa chegamos ao Snow Lion e ela nos atendeu, nos acolheu, disse que lá era nossa casa e foi bacana conosco o tempo todo, sempre dizendo que éramos como filhas, e etc.
Mas em 2012, apesar de ela dizer que se lembrava de nós perfeitamente e de ter recordado que havíamos ficado no quarto do fundo, ela estava sempre mal humorada. Vimos o modem no salão do restaurante e ela disse que não tinha internet e ainda ficava o tempo todo naquele tablet, Nunca sorria, estava sempre brava, ao contrário dos meninos da cozinha e do cozinheiro que sempre acenavam para nós quando subíamos as escadas para os quartos e os víamos trabalhando na cozinha.
Apesar de cinco anos, a cidade não estava muito mudada, porém vimos mais turistas, alguns restaurantes novos, hotéis novos, mas ainda era uma cidade pacata. Descendo pela Temple Road nos encontramos o menino de 2007 tinha vendido sapato para Roberta em frente do Kalachakra Templo e infelizmente ele estava corrompido pelo dono da loja e estava tentando nos enganar, como fazem os comerciantes indianos.
Naquela manhã nós fomos procurar o espaço dos Sangye, a cozinha do Sangye, e agendamos o curso de pães. Em 2007 fizemos do curso de momos e agora seria o de pães. A Roberta anotou o telefonem mas fizemos a reserva anotando no bloco que ele deixa sempre na porta. Tentamos telefonar, mas não conseguimos. Tínhamos um telefone porque compráramos para minha mãe, pois na Índia é muito mais barato. Fomos a Jaipur apenas porque havia uma loja oficial da Apple lá e pretendíamos comprar um Ipad mas não conseguimos porque a loja que está no site da Apple internacional como loja oficial da marca em Jaipur, Índia, não existe. É uma loja falsa, fica dentro do shopping, e vende várias marcas e eletro eletrônicos usados também. O dono queria nos vender um Ipad demo usado. Fomos embora e resolvemos que compraríamos em Délhi, numa grande loja de eletro e eletrônicos em Connaught Place. Marcamos a aula de momos e fomos dar uma volta pelas lojas para comprar bijuterias de para porque decidíramos comprar muitas coisas na Índia para vender no Brasil e eu tinha pegado algumas encomendas. Paramos para beber água descobrimos o Mandala café, onde comemos bolo e tomamos cappuccino. Jantamos no Snow Lion porque o cardápio era bom e variado.
Na manhã seguinte nós tomamos café na varanda com os monges, porque o Snow Lion sempre estava cheio de monges. O hotel é pequeno tem poucos quartos portanto poucos hóspedes e o restaurante pequeno está sempre lotado, principalmente com tibetanos. Depois fomos ao templo como fazíamos em 2007. Todos os dias pela manhã passávamos boa parte da manhã tomando sol no pátio em frente à casa do Dalai Lama. Estava um dia bonito e, como Dharamsala é um lugar frio, muitas pessoas aproveitam e ficam sentadas ao sol no pátio do templo Tsuglagkhang. A Roberta percebeu que a máquina dela estava lotada de fotos e precisava trocar um chip, então fomos nos sentar em um banco. Reparamos em uma senhora tibetana muito ansiosa, andando de lá para cá, e falando com os seguranças do portão da residência de Sua Santidade. Comentei com minha irmã que havia muita movimentação e mais seguranças do que o habitual. Ela concordou e continuou procurando um chip para trocar na máquina. Então ouvi o som de carro subindo pela rua exclusiva que vai para casa do Dalai Lama e imediatamente alguns indianos e tibetanos se juntaram no gradil do pátio. Os som aumento, eram vários carros, buzinas e eu disse para a Roberta “É o Dalai Lama, ele está vindo”. Fui até a escadinha, a Roberta me acompanhou e perguntou como é que eu sabia. Mostrei a ela a movimentação e ouvimos o som de carros, uma sirene, buzinas e sabíamos que não passam carros por ali, a não ser o dele. A Roberta não acreditou muito e então os carros se aproximaram seguranças, policia, o carro dele e ele acenou para os poucos que estavam lá. Éramos uns 30, no máximo e ele nos olhou, nos viu, sorriu e acenou. Alguns poucos tibetanos, indianos, eu a Roberta, e um grupo pequeno de argentinos que ainda estava lá porque haviam roubado o tênis de um rapaz do grupo. Todos ficamos extasiados e comentando a sorte que tivemos. Muitos ficaram na dúvida se era realmente o Dalai Lama, até a Roberta duvidou e foi perguntar a um segurança que confirmou. Nas fotos que eu tirei naquele dia, no templo, há algumas do interior do templo, dos altares, do pátio, da senhora esperando Sua Santidade na porta da residência dele, alguns monges entrando pela secretaria, o carro do Dalai Lama chegando, ele acenando para nós, o carro da segurança estacionando e os expectadores que posso contar na foto e são cerca de 30. Ampliando a foto do carro, se vê claramente Sua Santidade olhando para nós, sorrindo e acenando. O chip da câmera da Roberta parou de funcionar quando ela tirou fotos da senhora tibetana. Ela estava com uma máquina melhor, mais profissional e teria tirado ótimas fotos. Porém, dizem que os melhores momentos são para relembrarmos pela emoção e não pela imagem. Nós ficamos extasiadas, felizes, foi um banho de bálsamo.
Ficamos super felizes por essa benção inesperada. O Dalai Lama é um ser tão iluminado que só de olhar para ele as pessoas já ficam felizes.
Nós saímos de lá voltamos para a cidade e fomos comer no Norling Restaurant que estava recém reformado, na esquina da Temple Road com a Jogiwara Road. Em 2007 essa esquina estava um pouco caída, mas agora valia a pena tentar arriscar pois o lugar parecia limpo e agradável. Pedimos Chowmei e Thukpa com nodles frescos e estava muito bom. A comida era excelente.
Depois do almoço e sempre damos uma volta para fazer digestão e encontramos na rua um homem se fazendo passar por mendigo e aleijado que tinha tomado o ônibus conosco para subir para Mcllo. O sujeito entrou no ônibus fumando e parecia bêbado, ficava falando sem parar e incomodava as pessoas. Andava sobre duas pernas e não tinha qualquer problema de saúde. Agora estava com rosto sofrido, se arrastando pela rua e pedindo esmola. A Roberta disse que não lhe daria nada porque tinha visto ele tomar o ônibus. Depois fomos fazer massagem tibetana no corpo todo com óleo de Amla, num lugar super bom na Temple Road e jantamos uma pizza no Four Seasons, que tem a melhor pizza do pedaço.
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