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Quem é Hanuman
Hanuman, o deus-macaco do hinduísmo, é um dos mais queridos e cultuados na India, de modo que o número de templos em sua homenagem excede a dos templos para outros Deuses.
No épico Ramayana, que relata as lendas do avatar Rama, Hanuman é retratado como o devoto perfeito.
Valkimi, autor do Ramayana, afirma que Hanuman foi uma das encarnações do poderoso Deus Shiva que se manifestou na Terra como o deus-macaco durante o período de Rama, uma das encarnações de Vishnu, para auxiliá-lo em suas tarefas.
Hanumam se manifestou como um vanara (símio humanoide), sendo ministro do rei dos vanaras e foi um dos grandes heróis da epopeia descrita no Ramayana.
Foi ele o responsável pela descoberta do cativeiro de Sita em Lanka, pelo incêndio da cidade e pela aniquilação de diversos importantes rakshasas¹ da tribo de Ravana.
O Ramayana não é o único texto da literatura védica que menciona Hanuman. Há também o "Hanuman Chalisa" e o "Mahabharata".
De acordo com esses textos, Hanuman é o filho do Deus do vento (Vayú), e um avatar (encarnação) de Shiva, cuja tarefa é auxiliar o rei Ramachandra a derrotar o demônio Ravana.
Hanuman também é chamado de Anjaneya, em alusão à Vanari Anjana, que é sua mãe.
Quando o Rei macaco Sugriva é expulso do reino de Kishkind pelo seu irmão Vali, Hanuman ajuda Sugriva a se esconder e eventualmente derrotar Vali com a ajuda de Rama e Lakshmana. Em troca da ajuda dos dois príncipes Sugriva deveria ajudá-los a resgatar Sita Devi, então prisioneira de Ravana. Porém Sugriva esquece de sua promessa, mas Hanuman ajuda Lakshmana a convencê-lo a lutar ao lado de Rama.
Na guerra, Hanuman exibe poderes (sidhis) de voar e mudar de tamanho. No decorrer da batalha, Rama e Lakshmana são aprisionados por Ahiravana, um tio de Ravana. Para resgatá-los Hanuman enfrenta o Rakshasa, que só poderia ser derrotado se cinco fogueiras fossem apagadas simultaneamente. Para conseguir isto, Hanuman assume uma forma possuidora de cinco cabeças, a saber:
Sri Hanuman, a sua cabeça de macaco normal.
Sri Garuda, a cabeça de águia. Alusão à montaria de Vishnu.
Sri Varaha, a cabeça de javali. Representa a terceira encarnação de Vishnu.
Sri Narashimha, a cabeça de leão. Representa a quarta encarnação de Vishnu.
Sri Hayagriva, a cabeça de cavalo. Representa mais uma encarnação de Vishnu.
Outro momento importante da história é quando Lakshmana é ferido em combate. Para salvá-lo, Hanuman carrega a montanha "Dronagiri" até o campo de batalha, para que os macacos retirem dela as ervas necessárias para salvar Lakshmana.
Mesmo depois que Rama morre, Hanuman permanece na terra como um imortal.
No "Mahabharata" ele aparece para testar a humildade de Bhima (irmão do meio de Yuddhishtira e Arjuna), e eventualmente Krishna pede para Hanuman servir Arjuna na guerra.
Por isso Hanuman seria um dos dois seres que teriam ouvido o "Bhagavad-Gita" além de Arjuna (a outra é Sanjaya 2). Para os Hindus, Rama e Krishna são o Deus Vishnu encarnado em diferentes épocas, por isso Hanuman representa o devoto (Bhakta) ideal, já que reencarnou para servi-los sempre.
Simboliza também Tapas, (sacrifício), e Brahmacharya, (castidade). Na comunidade hindu ele é cultuado como encarnação de Shiva, e reverenciado por sua devoção a Rama.
Na astrologia Hindu acredita-se que a meditação sobre o nome ou a figura de Hanuman afasta os malefícios trazidos por Shani (Saturno).
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
1- Rakshasas é uma raça de seres mitológicos humanoides ou espíritos malignos na religião Budista e Hindu. O nome vem do sânscrito "raksha", pedir proteção, já que eram seres tão horripilantes que induziam, a quem quer que se deparassem com eles, a pedir proteção. Eram seres abomináveis, canibais e de mente perversa. O rakshasa mais célebre foi Ravana, que se tornou rei de Sri Lanka (Ceilão) e que teve a ousadia de abduzir Sita, a esposa de Vishnu, que havia se encarnado como Rama, história detalhada no clássico hindu Ramayana. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
2 -Sanjaya Gavalgana, é conselheiro de Dhritarashtra e também seu cocheiro. Sanjaya foi um discípulo do sábio Krishna Dwaipayana Veda Vyasa e foi imensamente dedicado ao seu mestre, o rei Dhritarashtra. Sanjaya tem o dom de ver eventos à distância (Divya-drishti) bem na frente dele, concedido pelo sábio Vyasa, narra a Dhritarashtra a ação na batalha climática de Kurukshetra, no Bhagavad Gita.
Videos do Youtube - Algumas belas versões do Hanuman Chalisa encontrada no Youtube.
Bala Hanuman tenta comer o Sol
Quando criança Hanuman ao olhar para o céu e avistar um belo sol amarelo, Hanuman confundiu o astro com uma grande e saborosa manga. Não mediu esforços para capturar a fruta imaginária, mas Rahu, que na astrologia védica é responsável pelos eclipses, também estava procurando o sol, e acabou entrando em disputa com Hanuman.
Travaram uma luta feroz. Hanuman golpeou Rahu e correu para comer o Sol. Rahu se queixou a Indra, rei dos devas, dizendo que uma criança macaco o impediu de chegar até o Sol, fazendo com que o eclipse agendado não pudesse ocorrer. Isso enfureceu Indra, que respondeu lançando Vajra (raio) em Hanuman.
O raio fulminante atingiu o maxilar do pequeno macaco que despencou do céu para a terra e caiu inconsciente no chão. Uma marca permanente ficou marcada em seu queixo (हनुः hanuḥ "mandíbula" em sânscrito) devido ao impacto do Vajra, o que deu origem a seu nome.
Irado com o ataque contra o filho, Vayu Deva (a divindade detentora do ar) o pai de Hanuman, se retirou do mundo levando consigo todo o ar e com isso os seres vivos começaram a asfixiar.
Indra, desesperado, prometeu desfazer a magia de seu raio permitindo que Hanuman recobrasse a consciência se Vayu devolvesse o oxigênio aos seres vivos. Então o pequeno Hanuman foi reanimado e os Deuses o presentearam com várias bênçãos com a intenção de apaziguar a ira de Vayu.
Brahma concedeu várias bênçãos. Primeiramente ele estaria protegido de qualquer maldição para sempre e também disse: "Ninguém será capaz de matá-lo com qualquer arma na guerra." De Brahma ainda obteve o poder de induzir medo nos inimigos, de destruir o medo em amigos, capacidade de mudar a sua forma à sua vontade e assim poder viajar facilmente para onde quer que desejasse. As leis da natureza não o afetariam; ele teria completo conhecimento sobre frutas, raízes e ervas medicinais.
Indra congregou que a arma Vajra não seria mais eficaz contra ele e seu corpo se tornaria mais forte do que o Vajra.
Varuna abençoou o bebê Hanuman com uma benção que ele estaria sempre protegido da água.
E de Vishnu obteve as bênçãos da longevidade, sabedoria divina e a capacidade de atravessar o oceano. O Deus ainda garantiu a segurança de Hanuman presenteando-o com uma faixa (cinto) que o protegeria por toda a vida.
Agni o abençoou com a imunidade contra o fogo, logo jamais se queimaria ou seria queimado pelo fogo.
Surya lhe deu dois siddhis da ioga: "laghima" e "Garima", ou seja, o poder para ficar muito pequeno ou muito grande, E ainda prometeu transmitir a ele todo o conhecimento védico e dar imunidade a toda espécie de queimaduras.
Yama, o deus da morte o abençoou com vida saudável e lhe deu sua arma “gada”, assim a morte não o alcançaria.
Kubera despejou suas bênçãos declarando que Hanuman seria sempre feliz e contente.
Vishwakarma abençoou Hanuman dizendo que ele seria protegido de todas as suas criações em forma de objetos ou armas. Vishwakarma é o criador de tudo, conhecido como o "grande arquiteto do Universo" e dotou Hanuman de inteligência excepcional, clareza de raciocínio e habilidade criativa.
Vayu também o abençoou com mais velocidade do que ele próprio tinha.
Kamadeva também abençoou fazendo com que o apelo sexual não nunca o desviasse de seu foco; ou seja seria ineficaz.
Por fim, Dhanvantari, o preceptor do ayurveda, concedeu a ele um toque de cura e a capacidade de conhecer os remédios.