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Dharamshala, ou melhor, Mcleodganj

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 20 de nov. de 2007
  • 13 min de leitura

Atualizado: 8 de abr. de 2021


Sobre Dharamshala, há muito a dizer. Fomos três vezes e em todas as ocasiçoes ficamos mais de uma semana na cidade. O objetivo era estar perto de Sua Santidade o Dalai Lama, perto dos tibetanos e de sua cultura.

Quando eu e minha irmã decidimos ir para a Índia da primeira, vez em 2007, escolhemos lugares emblemáticos:

1 - Varanasi, a cidade mais antiga da Índia e berço de Yogananda e Lahiri Mahashaya.

2 - Rishikesh, o Capital do Yoga e onde havia o templo do Kryia Yoga construído de acordo com os planos de Sri Yukteswar Giri.

3 - Jaipur, porque todos diziam que o quem vai a Índia pela primeira vez tem que visitar o "triangulo dourado": Delhi, Agra e Jaipur.

4 - O Taj Mahal em Agra e,

5 - Dharamshaka, o lar do Dalai Lama.

Com a dicas de uma amiga de minha irmã que estivera na vila Mcleoud Ganj, fomos com a cara e coragem. Nem sabíamos direito como chegar lá, somente pesquisamos no Rough Guide que compramos para a viagem. A internet era precária na Índia, os smartphones ainda um sonho. Em 2007 foi lançado o primeiro Iphone e era para poucos.

Pesquisamos também na internet e conseguimos e-mails e telefones nos guias e em algumas poucos sites. Recordo-me de que o hotel no qual ficamos em Varanasi tinha um site, e este site possuía fotos, endereço, e-mail e telefone.

Não me lembro se reservamos o hotel de Mcllo por e-mail ou telefone e nem me recordo se foi desde a Índia mesmo ou do Brasil.

Na realidade, nem tínhamos planos de como sair de Rishikesh e ir para Dharamshala, poucos brasileiros iam para a índia e muito menos para Mcllo. Os os rapazes da recepção do hotel em Rishikesh diziam que tínhamos que ir para cidades próximas porque Dharamshala não tem estação de trem. Um deles dizia que tínhamos que ir para Pathakot e o outro discordava e falava em Chandni Chowk, e um terceiro falava em Haridwar, eles discutiam enquanto um terceiro nos garantia que Pathankot, era mais próxima de Dharamshala.

Nossa primeira vez na Índia foi uma grande aventura. Não tínhamos celular, não tínhamos tablets, não existia wi-fi e a internet usávamos em Lan Houses que sempre eram confusas e lentas então não tínhamos como pesquisar as coisas.

Em 2007 era bem diferente e eu lembro que nós não entendíamos bem o sotaque indiano e quando os meninos do hotel falavam "Pathankot", era incompreensível para nós e somente quando ele escreveu num papel compreendemos a palavra.

Nas agencias de viagens que existiam em Rishikesh, descobrimos que Phatankot era realmente a estação ferroviária mais próxima de Dharamshala, a 85 km de distância. Soubemos que havia um trem direto, o 14609 Hemkunt Express, o mesmo que passava em Haridwar e seguia para Pathankot. Seriam 10 horas de viagem, chegaríamos a Pathankot de madrugada tendo ainda que seguir para uma estação de ônibus e daí para Dharamshala e de lá mais um ônibus para Mcleodganj. Compramos a passagem na Blue Hill Travels, que existe até hoje (2017) porém bem diferente da confusa lan house e agencia de viagens de dez anos atrás. Hoje a Blue Hill Travels, cresceu e mudou de andar mas permanece na Ram Jhula, Swarg Ashram, Rishikesh, Uttarakhand, Índia

A estação de Rishikesh estava tão vazia que desconfiamos, achamos que ali não iria passar trem algum. Nos trilhos haviam porcos comendo lixo. Algumas pessoas foram chegando, o trem apareceu e entramos. Estava vazio, uns poucos viajantes apareceram e logo partimos. Foi uma viagem tranquila. Muitos anos se passaram desde essa viagem, mas não me recordo de qualquer problema.

Quando chegamos à estação, de madrugada, foi um choque ver tanta poeira, sujeira, muita gente dormindo no chão e tinha até uma vaca no saguão deitada no chão. Saímos e tomamos um carro, fomos para a estação rodoviária que era um lugar muito soturno, estranho, triste. Havia um bar ou lanchonete, mas não tinha nada quente para beber a não ser o chai. Minha irmã voltou da lanchonete decepcionada e ficamos na água e no que nos restava para comer. Conhecemos um inglês que estava indo para Dharamshala ensinar inglês para crianças tibetanas e juntos tomamos o ônibus que era tão velho que dava medo. Estava sujo, com os bancos rasgados e ainda tínhamos que pagar por ele. Sentamos atrás, porque parecia melhor, mas fomos tiradas de lá e obrigadas a sentar mais a frente porque os bancos traseiros eram reservados para carga. Correio, batata, leite, galinhas vivas, enfim qualquer coisa que fosse preciso levar. Pagamos, sentamos onde determinaram e nos levaram até Mcleodganj.

Não havia rodoviária e os ônibus paravam na estrada. Saltamos ali na estrada de terra batida e fomos em direção ao hotel. Por sorte não era longe, mas a rua era uma subida e estávamos com mochilas nas costas e uma outra sacola .Tínhamos reservado um hotel na Dharamkhot Road. Na esquina dessa rua com a Bhagsunad Road havia uma guarita de madeira onde um rapaz de longos cabelos cortava carne sobre um troco em um lugar escuro, fétido, e sem a menor higiene.

Ao chegarmos na frente do hotel não gostamos. Nem conhecíamos o Tripadvisor que estava em seus primórdios. Em 2007 nem todos os hotéis estavam na internet. Decepcionadas com a aparência do lugar, subimos as escadas e chegamos à recepção. O atendente nos mostrou camas sem lençóis e também não haviam toalhas nos banheiros. Com isso nem nos importamos, pois tínhamos toalhas. Quando reclamamos dos lençóis, ele ficou bravo e disse que podia conseguir alguns lençóis por algumas rupias. Arriscamos e ele nos trouxe um jogo de roupa em péssimas condições. O homem era tão antipático e grosso que viramos as costas e fomos embora enquanto ele reclamava que não podíamos ir porque tínhamos reservado.

Descemos a rua e fomos na direção que nos pareceu ser a rua principal, e bem em frente ao Templo Kalachakra, eu vi a placa “Snow Lion Hotel”. Nos entreolhamos e concordamos em entrar.

A dona, Dona Tenzin, nos recebeu e nos deu um quarto nos fundos, tinha uma pequena varanda, um bom banheiro, era limpo, tinha edredons de penas e ali ficamos.

O hotel era bem agradável e o único incomodo eram os vizinhos do fundo que estavam trabalhando num sino ou algo parecido e todos os dias acordávamos com eles martelando. Em contrapartida, ao descermos para tomar um delicioso café com panquecas tibetanas, que eram parecidas com as americanas, tínhamos a companhia de monges, incenso e comida boa. Foi uma surpresa. Antes de ir para a Índia, já tínhamos visto alguns poucos monges. Vimos muitos quando o Dalai Lama esteve em São Paulo e fez palestras no templo Zulai e no Ibirapuera onde fomos vê-lo. Agora, os monges estavam ali, ao nosso lado, e nos sentimos abençoadas, mas depois de alguns dias essa visão mitificada que temos deles caiu por terra, porque eles são gente como nós. A maioria ainda é estudante, adoram interagir com os turistas e são pessoas simples.

O café da manha tinha ainda um maravilhoso chá de ervas, bem diferente dos chás indianos e os doces que eles tinham para a sobremesa eram mais ocidentalizados do que doce da culinária hindu.

Comemos panquecas com mel e manteiga, cheese toast e chá de ervas. E fomos dormir, pois estávamos cansadas.

Mais tarde fizemos o nosso primeiro passeio foi o templo Tsuglagkhang. Nós não sabíamos nada sobre o templo e nem que o Dalai Lama morava logo ali em um complexo que fica nos fundos. Nós vimos os símbolos auspiciosos pintados no chão da estrada até a porta, mas ainda tínhamos duvidas. Eu tinha procurado muito na internet, fotos, informações e etc., mas em 2007 nem todos iam para Dharamshala. Havia muito poucos turistas lá. Muitos estrangeiros moravam em Mcleodganj, mas nada como hoje, dez anos depois (quando escrevo esse post). A cidade cresceu extraordinariamente, e parece que há mais turistas do que tibetanos agora. :(

Em 2007 Mcllo era uma cidade tranquila, com poucos turistas e bem aprazível. Clima ameno e sol de dia e muito frio à noite.

De acordo com uma camiseta estampada pelos SFT, Students for Free Tibet, que eu comprei na terceira vez que estive em Mcllo, Dharamshala é 1. ‘um edifício dedicado a propósito religioso ou a caridade’, ‘um local de descanso para viajantes’; 2. ‘uma cidade nas montanhas em Himachal Pradesh, na Índia, agora lar de Sua Santidade o 14 º Dalai Lama e da comunidade tibetana exílio’. Origem: Sânscrito. Dharam 'virtude' + shala 'casa' Hindi: धर्मशाला Tibetan:

Dharamshala fica no estado de Kangra, tem aproximadamente 20 mil habitantes e está localizada nas encostas do Himalaia, no estado indiano de Himachal Pradesh, norte da Índia. A cidade é dividida entre Mcleodganj, Dharamshala (upper), onde o Dalai Lama e o governo tibetano estão instalados, no local chamado Gangchen Kyshong, e Dharamshala (lower), onde estão localizados o centro comercial da cidade, a maioria dos escritórios do governo, escolas, o hospital local, e áreas comerciais. É uma pequena típica cidade indiana que é de pouco interesse para os turistas.

Acima de Upper Dharamshala ainda temos Bhagsu, que fica a uns 2 km a nordeste e é uma pequena área urbana tranquila. Bhagsu é cheio de lojas e restaurantes e tem uma piscina pública popular muito visitada no verão. Lá se pode experimentar o famoso Bhagsu Cake que tem massa de biscoito escocês da Walkers ou da McVities coberta com doce de leite e chocolate.

Mais acima fica Dharamkot, a 3,5 km ao norte, que também é dividido em Dharamkot Upper e Lower. Lower Dharamkot é semelhante a Bhagsu com restaurantes e hospedarias. Upper Dharamkot é mais selvagem, tem bosques e é ideal para aqueles que procuram uma estadia tranquila e longe da agitação ou aqueles que querem acesso a trilhas e aventuras.

As aldeias perto de McLeod Ganj incluem Forsyth Ganj, uma caminhada curta saindo do centro de Mcllo em direção a igreja de St. John in the Wilderness.

Dharamshala é também a sede das associações dos tibetanos no exílio que lutam pela liberdade do Tíbet e pelo respeito aos direitos humanos para todos os Tibetanos que continuam no Tibet sob o jugo político da China.

É um local muito bonito, com um clima ameno no verão e frio no inverno. Visita obrigatória para aqueles que gostam da cultura budista ou tibetana.

Todos os dias íamos até o Tsuglagkhang que era muito diferente de hoje. Não haviam os toldos que hoje existem lá, assim como todas as entradas eram abertas, podíamos entrar e ficar meditando no templo. Mas passávamos boa parte da manhã tomando sol em frente a residência de Sua Santidade, que estava fora da cidade em 2007. Era muito gostoso ficar ali, sem fazer nada e nos aquecendo com o sol.

Vários monges ficavam por ali lendo, estudando, discutindo o que liam e meditando também.

No outro dia fomos a Dharankot, e chegamos até um centro de meditação vipassana, a moça nos disse que iria fechar, porque os dias frios se aproximavam e a neve podia ficar alta. Nos mostrou fotos e nos deixou passear pelas instalações.

Todos os dias fazíamos um passeio e íamos ao templo. Dávamos também um role pela cidade, comíamos alguma coisa, pois estava frio e um chá sempre era bem-vindo.

No outro dia fomos ao TIPA, TIBETAN INSTITUTE OF PERFORMING ARTS, e passamos boa parte da manha lá. Muitas crianças e adolescentes estavam em aulas, desse instituto que foi fundado em 11 de agosto de 1959, por ideia do Dalai Lama com a intenção de preservar as artes tibetanas. Chegamos quando estavam nas salas de música, de artes.

O local é bem grande e havia um palco montado onde houve uma celebração porque o Dalai lama, líder religioso e político tibetano no exílio, fora condecorado com a Medalha de Ouro do Congresso dos EUA, máximo reconhecimento a um civil, por sua contribuição à paz e à segurança do país no dia 18 de outubro.

Fiquei imaginando a festa que acontecera ali. E o sinal tocou e repentinamente centenas de crianças e jovens saíram das salas. Não sabíamos ao certo se era hora do recreio ou da saída. Ficamos ali um pouco, interagindo com eles, depois fomos a uma secretaria, pegamos um panfleto e voltamos para Mcllo, para um chá e uma visita ao templo.



Mais tarde fomos tentar marcar as aulas do curso de culinária do Sangye, pois tinhamos visto vários cartazes e nos interessamos. Um rapaz nos atendeu dessa vez, disse o preço pagamos uma parte e marcamos a data.

Na outra manhã, pegamos um ônibus e descemos até Dharamshala com destino a Norbulingka.

A Dona Tenzin disse que tinha um ônibus que deixava a gente na estação de Dharamshala e ali mesmo pegávamos outro e dizíamos onde queríamos parar dali era seguir uma rua caminhando ou pegar um tuk tuk. Parecia bem simples, mas só parecia.

Fomos para a estrada onde o ônibus nos largara dias atrás de pegamos um para ir a Dharamshala, lá aproveitamos e demos uma volta para conhecer a localidade, o entorno e depois pegamos outro ônibus e que nos deixou numa estrada no meio do nada! Havia um rapaz vendendo lanches e perguntamos a ele e nos apontou a estrada a frente e disse que era perto

De Mcleod até a para de ônibus de Dharamshala são uns 20 minutos de ônibus, e de lá até Norburlingka mais 15 minutos e então mais 20 minutos a pé ou, se tiver sorte, uns 10 minutos de tuktuk. Não encontramos tuk tuk e nem taxi, mas a caminha valeu a pena, primeiro pela estrada, e depois pelo maravilhoso local. Passamos por casas, escolas, por um rio seco, no fundo do vale, onde algumas mulheres tentavam lavar roupas no que ainda restava de água. Pareciam formiguinhas coloridas. Andamos muito, quase nos perdemos, mas no fim foi de grande valor.


Era muito bonito, pequenos edifícios com a bela arquitetura tibetana. Visitamos o Museu dos Bonecos que retratavam todas as tribos e etnias tibetanas assim como costumes e festividades. A que mais me impressionou foi a da reprodução da vida de Milarepa. Ficamos um bom tempo ali, mas as fotos não ficaram boas, porque os bonecos estavam em vitrines e os reflexos do vidro não nos permitiram boas fotos. Passeamos pelos jardins, passamos pelo tanque de carpas, subimos e percebemos que as oficinas estavam fechadas e então fomos ao templo que, na minha opinião, é mais bonito do que o templo de Tsuglagkhang porque tem as paredes com pinturas da vida de Buda, dezenas de imagens pintadas de Shakiamuni, um belo tapete no chão de madeira e muitas thangkas espalhadas pelo recinto. Ficamos sentadas admirando as obras de arte e depois fomos para a lojinha, onde nada compramos. O preço é alto, mas é justo, porque é parte de uma obra muito importante. Nós não tínhamos levado muito dinheiro e de qualquer forma não podíamos gastar apesar da tentação. Os móveis são belíssimos, com entalhes ou pinturas; a roupas assim como echarpes, mantas, almofadas, bolsas, vestidos, blusas, calças eram confeccionadas com tecidos feitos nas oficinas do instituto. As estatuas de bronze são feitas a mão, e as bem pequeninas custam 300 rupias. Há ainda carteiras, agendas, envelopes, rosários e brinquedos como Yak de pele e pelo. Depois fomos tomar café no restaurantes local e não havia um turista estrangeiro sequer no complexo, apenas tibetanos e indianos.



Um Pouco de história:

Dharamshala e as vilas em seu entorno foram governados pela Dinastia Katoch de Kangra, uma família real que governou a região por dois milênios até a chegada dos ingleses.

Os Katoch mantém até hoje uma propriedade conhecida como "Clouds End Villa", que atualmente é um hotel. Inaugurado em1997 pelo 489 descendente do clã real Katoch, Tikkaraj BarbaraZilio Katoch e sua esposa Tikkarani Shailja que restauraram o local para dar aos hóspedes “a experiência de viver como um marajá”.

No passado, os povos primitivos que viviam na região, eram denominados de Gaddis. Tinham um estilo de vida seminômade e gradualmente perderam seus pastos e assentamentos quando os britânicos e os Gurkhas começaram a chegar. Durante o governo britânico na Índia, a cidade era uma estação de veraneio nas montanhas onde os britânicos passavam os verões quentes, e por volta da década de 1840, quando a sede do distrito em Kangra ficou superlotada, os britânicos transferiram dois regimentos para Dharamshala. Em 1849 escolheram as encostas do Dhauladhar, para alojar as tropas. Alguns dizem que ali havia um velho templo hindu, ou Dharmsãla, daí o nome adotado para o novo acantonamento. Outros dizem que o nome se deve a tradução da palavra dharamshala que significa “local de descanso”.

Um quartel foi estabelecido ali em 1849, e outro em 1852. Logo Dharamshala transformou-se na capital administrativa do distrito de Kangra e além dos oficiais e soldados que já viviam na região, alguns civis, especialmente autoridades, resolveram construir casas atraídos pelas vantagens do clima e do cenário.

Em 1855 já haviam duas importantes zonas onde os civis haviam se estabelecidos: McLeod Ganj e Forsyth Ganj. McLeodganj recebeu este nome por causa do Tenente Governador de Punjab, Sir Donald Friell McLeod que em 1848, descobriu este lugar como um recanto para descansar e fugir do calor. ForsythGanj, obviamente leva o nome de alguém, possivelmente algum oficial britânico, mas não consegui informações. O sufixo ganj é uma palavra hindi-urdu comum para "vizinhança".

Em 1860, a 66º Infantatia Gurkha Light, mais tarde renomeado de Gurkha Rifles, foi movida para Dharamshala. Logo 14 aldeias Gurkha foram estabelecidas nas proximidades e os Gurkhas reconstruíram o antigo templo Shiva de Bhagsunath. Os Gurkhas se referiam a Dharamshala como "Bhagsu" e chamavam a si mesmos de Bhagsuwalas.

Lord Elgin, o vice-rei britânico da Índia (1862-63), gostava tanto da área que, em determinado momento, sugeriu que fosse feita a capital de verão da Índia. Morreu em Dharamshala durante uma excursão, em 20 de novembro de 1863, e está enterrado no cemitério de St. John in the Wilderness, que fica atrás de uma pequena igreja anglicana com bela arquitetura e ricos vitrais em Forsyth Ganj, imediatamente abaixo de McLeod Ganj.

Sua residência de verão, Mortimer House, foi adquirida pelo Governo da Índia para abrigar a residência oficial do Dalai Lama. A casa de chá original construída por Lord Elgin e atendida por uma mercearia local chamada Nowrojee & Filhos continua a prosperar até esta data como um ponto de encontro para os visitantes de McLeodGanj.

Em 1905, o vale do Kangra sofreu um grande terremoto que devastou a região, destruindo parte dos alojamentos dos exércitos, casas e até o templo de Bhagsunag. No total, 20.000 pessoas perderam a vida e milhares ficaram feridos.

Os Gurkhas reconstruíram a cidade e o templo que hoje é reconhecido como a herança dos Gurkha Rifles. Os britânicos tinham planejado fazer Dharamshala a capital de verão da Índia, mas se mudaram para Shimla após o desastre.

E meio século se passou antes de qualquer coisa significativa acontecesse na região, quando em março de 1959, Tenzin Gyatso, o décimo quarto Dalai Lama, fugiu para a Índia e recebeu do governo indiano, oferta de refúgio em Dharamshala, onde estabeleceu o governo do Tibete no exílio em a partir de maio de 1960. Dharamshala já estava ligada ao hinduísmo e ao budismo desde tempos remotos, muitos monastérios já haviam sido estabelecidos lá no passado, por imigrantes tibetanos no século 19.

Em 1970, o Dalai Lama, inaugurou Biblioteca de Obras e Arquivos Tibetanos comum acervo de mais de 80.000 manuscritos e outras obras importantes relacionadas com a cultura, história e política do Tibet. Esta biblioteca tornou-se então uma das instituições mais importantes para a preservação da história e da Cultura Tibetana do mundo todo.

Atualmente, milhares de exilados tibetanos já se estabeleceram na região, e muitos chegam todos os dias. A maioria vive em McLeodGanj e em seu entorno em Upper Dharamshala, mas há tibetanos espalhados por toda a Índia.

A cidade de McLeodGanj é conhecido coma "Little Lhasa", e também como "Dhasa", que seria a união de "Dharamshala" + "Lhasa" (capital do Tibet). Está situada na Cordilheira Dhauladhar, a 2.082 metros de altitude. O pico mais alto dessa cordilheira. Chama-se "Hanuman Ka Tibba”, tem cerca de 5.639 metros, e é a montanha nevada que pode ser vista de qualquer parte da cidade.

Com o passar dos anos, McLeod Ganj evoluiu para um importante destino turístico e de peregrinação, e desde então cresceu substancialmente em população e hotéis e restaurantes. Muitos indianos passam os finais de semana lá.

Recentemente Dharamshala foi escolhida, pelo governo de Narendra Modi como uma das cem cidades indianas para o plano Smart Cities que desenvolverá cidades inteligentes. Em janeiro de 2017, o ministro principal Virbhadra Singh declarou Dharamshala como a segunda capital do estado de Himachal Pradesh, fazendo Himachal Pradesh o terceiro estado de Índia com dois capitais.

Como chegar: O aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Kangra que fica a cerca de 15 km de Dharamshala.

A estação ferroviária mais próxima (bitola larga) está em Pathankot que fica a 85 km.

De ônibus desde Delhi são quase 10 horas, mas o ônibus é leito e a viagem tranquila. A paisagem deslumbrante.

(fonte para o texto: wikipedia)

Passeios:

Mosteiro de Namgyal

Instituto Tibetano de Artes Cênicas, TIPA

Gompa Dip Tse-Chok Ling ou Tsechokling Gompa

Dal Lake


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